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Inteligência Artificial

Pesquisador brasileiro especialista em IA diz ter “entrada barrada nos EUA”

Detalhe de um pôster que anuncia a inteligência artificial durante o segundo dia do MWC 2025, o maior congresso de conectividade do mundo, em Barcelona. (Foto: Enric Fontcuberta/ EFE)

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O especialista em Inteligência Artificial Rodrigo Nogueira, fundador da Maritaca AI, afirmou ter o visto de entrada nos Estados Unidos negado. Nogueira tem uma palestra agendada na Universidade de Harvard, para o dia 18 de abril.

O fundador da startup especializada em modelos de linguagem como o ChatGPT acredita que foi barrado em virtude da sua área de atuação. De acordo com ele, “o episódio reflete bem o momento atual das tensões em torno da IA”.

Segundo informações do Estadão, a embaixada americana no Brasil e o consulado dos EUA em São Paulo informaram que não tinham autorização para comentar o caso. “Por política do governo dos Estados Unidos, não comentamos sobre casos individuais de visto”, diz a nota enviada à reportagem pela assessoria de imprensa da embaixada e consulados dos Estados Unidos no Brasil”, afirma a nota oficial da embaixada e do consulado.

Em entrevista, ao jornal, Rodrigo disse que fez uma entrevista no consulado em São Paulo, no dia 27 de fevereiro, como parte do processo de pedido de visto. “Estava tudo normal até que eu falei que trabalhava com inteligência artificial. Então, naquele momento, tudo mudou. Parece que chegou uma nuvem de chuva na conversa”, afirmou Nogueira.

No perfil do Linkedin, Rodrigo Nogueira informou que durante a entrevista, o consulado “ficou particularmente interessado” em sua pesquisa solicitando que fossem apresentados materiais e que fizeram questionamentos quando falou sobre uma viagem feita a Taiwan, em 2023.  “Pediram para enviar a tese de doutorado, artigos publicados, etc. Ficaram ainda mais interessados com minha viagem para Taiwan 2 anos atrás, para apresentar um artigo e dar uma palestra em uma conferência. Depois de duas semanas enviando documentos e explicações, recebi a resposta que o visto foi negado”, disse.

O pesquisador informou que o visto negado foi sob sessão 221 (g), o que significa que os documentos permanecem para novas análises e pode resultar em uma reversão da decisão. Porém, o consulado não informou quando pode oferecer uma nova resposta.

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