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Popular por sua aplicação estética, o Botox pode ser utilizado, em breve, como coadjuvante no tratamento de alguns tipos de câncer, segundo estudo publicado na última edição da revista "Clinical Cancer Research". A toxina botulínica foi testada com sucesso em ratos de laboratório por pesquisadores da Universidade de Louvain, em Bruxelas, na Bélgica.

A equipe, liderada pelo professor de Farmácia e PhD Bernard Gallez, injetou a substância em dois tipos diferentes de tumores e descobriu que o Botox, ao inibir a contração dos vasos sanguíneos que alimentam as células cancerígenas, favorece a absorção de radiação e de drogas usadas no tratamento anticâncer.

- A maioria dos tratamentos anticancer se pauta na ação antiangiogênese e antivascular, que tem como objetivo destruir os vasos sangüíneos que alimentam o tumor, cortando o seu suprimento de oxigênio e nutrientes básicos. A técnica que propomos é pró-vascular e visa aumentar temporariamente a oxigenação do tumor para facilitar a atuação radioterapia e da quimioterapia - explicou Bernard Gallez.

Segundo os pesquisadores, a oxigenação intracelular aumentou significantemente três dias após a aplicação do Botox nos dois tipos de tumores. O tratamento também retardou o desenvolvimento do câncer nos ratos.

A dosagem de toxina botulínica testada nos animais é semelhante à utilizada, hoje em dia, em tratamentos clínicos e estéticos visando, principalmente, a correção de rugas e sulcos da face. Isso, segundo os cientistas, aumenta a possibilidade de realização de testes contra o câncer em humanos, em breve.

Derivado da toxina botulínica, o Botox é amplamente utilizado em clínicas estéticas. Aplicado nas raízes dos músculos faciais, provoca paralisia temporária, podendo causar atrofia.

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