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Participação popular nas eleições pode ter superado 65% dos eleitores cadastrados, segundo pesquisas | Luis Galdamez/ Reuters
Participação popular nas eleições pode ter superado 65% dos eleitores cadastrados, segundo pesquisas| Foto: Luis Galdamez/ Reuters

San Salvador - Em um ambiente dominado pela tensão, depois de violentos confrontos entre militantes de direita e de esquerda, começaram ontem as eleições para presidente e vice-presidente de El Salvador.

O presidente do tribunal eleitoral local, Walter Araújo, inaugurou a jornada em um ato oficial no oeste do país, às 7 h (10 h no horário de Brasília). Em alguns pontos, porém, houve atraso em virtude da chuva que atinge vários municípios.

Segundo os últimos levantamentos, pela primeira vez o partido de esquerda (ex-guerrilha) Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN) chega em primeiro lugar nas pesquisas. Seu candidato, o jornalista Mauricio Funes, de 49 anos, leva ligeira vantagem sobre o direitista Rodrigo Ávila, de 44 – governante da Aliança Republicana Nacionalista (Arena). Os outros dois candidatos de partidos minoritários se retiraram da disputa. Para se eleger presidente, um dos candidatos deve receber 50% e mais um dos votos válidos.

A disputa coloca em conflito novamente rebeldes marxistas e a direita, que ocupa o poder no país há duas décadas. Confrontos armados entre militantes da direita e da esquerda deixaram várias pessoas feridas na capital San Salvador nos últimos dias, após uma campanha marcada pela troca de ofensas referentes à guerra civil que marcou o país.

Até o fechamento desta edição não haviam sido divulgados resultados preliminares das eleições.

Participação

O pleito deste ano promete ser marcado pela massiva participação popular.

"As últimas eleições presidenciais (realizadas em março de 2004), alcançaram uma participação cidadã de 67,34% do eleitorado. As expectativas para as eleições deste dia apontam que o fenômeno da concorrência vai se repetir, e não nos preparamos logisticamente para isto’’, assegurou o presidente do tribunal eleitoral.

Ao todo, cerca de 4,2 milhões de salvadorenhos foram convocados às urnas para escolher o sucessor do presidente Elías Antonio Saca.

"Eu venho votar pela minha pátria, venho de cadeira de rodas, mas tinha que vir votar", declarou a eleitora Clara de Meyer, de 80 anos, uma das primeiras a depositar seu voto para eleger o novo presidente, que irá governar o país pelos próximos cinco anos. "Eu me levantei às 5 horas da manhã e venho com muita vontade de participar desta festa cívica. Eu sempre voto", acrescentou Clara. Sua cadeira de rodas estava enfeitada com bandeiras da Arena, com a legenda "Pátria sim. Comunismo, não".

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