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A campanha para as eleições parlamentares francesas começou nesta segunda-feira, com pesquisas indicando que o partido do presidente Nicolas Sarkozy fará uma ampla maioria para aprovar reformas, enquanto a esquerda levará uma nova surra nas urnas.

O conservador Sarkozy se elegeu presidente prometendo reformas, mas só poderá agir depois da eleição de parlamentares em 10 e 17 de junho, quando deve convocar uma sessão parlamentar especial, apesar do recesso de verão, para aprovar suas primeiras medidas.

O novo presidente nomeou esquerdistas para alguns cargos importantes no gabinete divulgado na sexta-feira, e com isso pretende se apresentar como um líder aberto e conciliador.

O primeiro-ministro François Fillon lidera a campanha e se reuniu na segunda-feira com dirigentes do partido UMP para traçar a estratégia. Cerca de 12 membros do governo, inclusive Fillon, disputam uma vaga parlamentar.

Os socialistas, desnorteados desde a derrota da candidata Ségolène Royal no segundo turno presidencial de 6 de maio, pediram aos eleitores que ajudem a oposição a formar uma grande bancada que obrigue Sarkozy a atenuar seu programa.

Segundo pesquisa do instituto TNS-Sofrès divulgada pelo jornal Le Figaro, os franceses aprovam o gabinete de Sarkozy, e isso deve se traduzir em votos para seu partido no Parlamento.

De acordo com a pesquisa, 40% devem votar em candidatos do partido UMP no primeiro turno da votação distrital para o Parlamento, no dia 10. Os socialistas devem receber apenas 28% dos votos.

Dessa forma, a bancada governista passaria dos atuais 359 lugares para algo entre 365 e 415, de um total de 577 vagas, uma maioria suficiente para aprovar reformas delicadas, como trabalhista e previdenciária, apesar dos protestos da oposição.

O ex-primeiro-ministro socialista Laurent Fabius admitiu a uma TV que há "muitos problemas no coração do Partido Socialista", mas defendeu "lidar com eles depois das eleições legislativas, porque, do contrário, vamos ter um desempenho completamente patético".

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