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Salvador – O presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, disse ontem em Salvador que acha "muito difícil" a estatal venezuelana PDVSA substituir a empresa brasileira na Bolívia, "em função do mercado nacional, que é o principal destinado do gás boliviano".

As declarações de Gabrielli, na reitoria da Universidade Federal da Bahia, surgiram um dia depois de Jorge Alvarado, presidente da estatal boliviana YPFB, anunciar que a companhia venezuelana vai explorar e construir uma unidade de beneficiamento de gás em seu país.

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, passou a sexta-feira na Bolívia assinando acordos com seu colega boliviano, Evo Morales. Ele prometeu investir US$ 1,5 bilhão de dólares no setor energético da Bolívia, praticamente o mesmo valor destinado pela Petrobrás.Esses investimentos, no entanto, não amedrontam a empresa brasileira, disse Gabrielli.

O presidente da Petrobrás disse ainda que a empresa não é contra a criação de uma legislação para regular os problemas da oferta de gás no Brasil, desde que as leis permitam a recuperação dos investimentos.

Apesar da expectativa de alta no preço do gás natural em razão da crise com a Bolívia, o combustível deve baixar, pelo menos em São Paulo. O consumidor residencial paulista terá reduções no preço de até 1,4%, a partir do dia 31. Na indústria a queda será menor, de 0,2% a 1,2%. Contribuíram para a queda de preço a deflação no Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que no acumulado de abril de 2005 a abril deste ano teve variação negativa de 0,917%, além da queda do dólar no último mês, que compensou o aumento de 6% em abril praticado pela Petrobrás na venda para as distribuidoras.

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