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Rio de Janeiro - O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, afirmou ontem que a ameaça, feita pelo governo venezuelano, de estatizar unidades de refino na Venezuela, não interfere nos planos da estatal brasileira para o país. Segundo ele, as declarações feitas pelo presidente Hugo Chávez "não deveriam ser surpresa para ninguém". "Decididamente não nos surpreende. Há um bom tempo ele vem anunciando isso", comentou Gabrielli, em rápida entrevista concedida no Aeroporto Santos Dumont, no Rio.

Segundo avaliações do mercado, Chávez está decidido a recuperar o controle sobre instalações de pré-refino de petróleo extra-pesado na Venezuela. Essas unidades transformam o petróleo da região do Orinoco, que é extremamente viscoso, em um tipo de óleo sintético, que pode ser processado em refinarias comuns. A atividade, hoje, tem grande participação de companhias multinacionais, como as americanas ConocoPhillips, Chevron e Exxon Mobil e a francesa Total. As empresas são responsáveis pelo processamento de 600 mil barris por dia.

A Petrobrás ainda não tem operações neste segmento, mas negocia com a estatal venezuelana PDVSA o desenvolvimento de um campo chamado Carabobo 1, que necessitará de uma unidade de pré-refino. Segundo Gabrielli, as negociações não são afetadas pelos anúncios de estatização. O executivo, no entanto, evitou avaliações mais detalhadas, alegando que não iria negociar pela imprensa.

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