• Carregando...

Belo Horizonte – A Petrobrás pediu ontem para retomar o diálogo com o governo boliviano sobre suas atividades. A empresa teme a retomada das jazidas de gás que explora na Bolívia e um novo salto nos tributos. A informação de que as jazidas serão nacionalizadas através de um decreto do presidente boliviano, Evo Morales, alertou a petroleira brasileira.

"Nós não queremos discutir o tema petrolífero pela imprensa", disse a jornalistas o assessor especial da Presidência do Brasil para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. O funcionário tem programado para hoje um "café da manhã de trabalho" com Morales, para abordar a agenda energética bilateral. Morales deve vir a Belo Horizonte (MG), para pedir o perdão de uma dívida de US$ 1,2 bilhão na 47.ª Assembléia Anual de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A tentativa de reaproximação é também uma reação a declarações do ministro da Energia boliviano, Andrés Soliz Rada. Ele acusou o Brasil de pretender tratar a Bolívia como "uma neocolônia".

"Neste momento, nós estamos acreditando na reabertura do diálogo, estamos querendo uma reabertura do diálogo e continuaremos insistindo em uma solução negociada", disse em entrevista coletiva o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli. Ele não deve participar da reunião com Morales, que o assessor especial da Presidência programou.

A expectativa das autoridades brasileiras é conseguir de Morales garantia de que não haverá solavancos ou prejuízos para a Petrobrás, antes que da publicação dodecreto da nacionaliação do gás. Segundo Gabrielli, os investimentos da empresa na Bolívia estão paralisados. A Petrobrás produz, distribui, refina e transporta gás da Bolívia para o Brasil, e é a principal fonte de receita do país.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]