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Imagem de vídeo gravado pela petroleira BP mostra o vazamento de petróleo no fundo o mar: 5 mil barris de óleo por dia | Reuters
Imagem de vídeo gravado pela petroleira BP mostra o vazamento de petróleo no fundo o mar: 5 mil barris de óleo por dia| Foto: Reuters

Acidente

Três alertas precederam explosão de plataforma

Os operários da plataformade petróleo da BP que explodiu no Golfo do México receberam três sinais de alerta de que algo estava funcionando mal, antes do desastre no dia 20 de abril. A revelação foi feita ontem por legisladores norte-americanos que investigam o caso.

"Um (dos alertas) ocorreu 51 minutos antes da explosão, quando o fluxo superou o padrão de bombeamento", afirmam os representantes que presidem a Comissão de Energia e Comércio da Câmara. Outro aviso ocorreu 41 minutos antes da explosão, quando houve um inesperado aumento de pressão. O último alerta veio 18 minutos antes da explosão, "diante de pressões anormais e da presença de lodo, quando o bombeamento foi interrompido abruptamente", destaca o memorando.

Também há indícios de que os operários da plataforma tentaram controlar a pressão antes da explosão.

  • Entenda como está sendo realizado o controle do vazamento

A British Petroleum (BP) deu início ontem a mais uma tentativa para conter o vazamento do poço de petróleo no Golfo do México, mais de um mês após a explosão que destruiu uma plataforma. A empresa está usando lama de perfuração para tentar interromper o derramamento de óleo. A operação chamada de "top kill" está sendo executada a uma profundidade de 1.500 metros. Se a técnica for bem sucedida, os engenheiros colocarão cimento em cima da lama para fechar definitivamente o poço. A operação poderá le­­var dois dias para ser concluída, informou a BP.

A empresa estimou a chance de sucesso da operação entre 60% e 70%. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que "não existem garantias" de que a tentativa "top kill" vá funcionar.

O porta-voz da BP, Steve Ri­­ne­­hart, afirmou que a petrolífera bombeará lama por horas no poço, até tentar estancar completamente o derramamento.

Poluição

Estima-se que o poço em águas profundas, conhecido como Ma­­condo, está lançando ao mar pelo menos 5 mil barris de petróleo por dia, o que caracteriza um dos piores vazamentos de petróleo dos Estados Unidos.

A BP detalhou que a injeção da chamada "lama" de perfuração dentro do poço está sendo feita por meio de uma válvula que evita "sopros". Anteriormente a empresa fez uma bateria de testes para medir se o procedimento, que nunca foi tentando a essas profundidades, iria funcionar.

Regulamentação

A tentativa da empresa, que tem sede no Reino Unido, está sendo acompanhada de perto por autoridades federais e por toda a in­­dústria petroleira, que enfrenta uma onda de regulamentações na esteira do vazamento.

Em um encontro de acionistas em Dalas (Texas), ontem, o executivo chefe da Exxon Mobil Corp., Rex Tillerson, disse que a empresa – que é a maior petroleira de capital aberto do mundo – continua a dar assistência à BP no gerenciamento do desastre. "Nós estamos ansiosos para ajudar nos esforços para determinar como tal incidente pode ser evitado no futuro", ele disse.

O executivo chefe da Chevron Corp., John Watson, afirmou no encontro de acionistas de sua em­­presa, em Houston (Texas), que a indústria petroleira vai aprender "uma grande lição" com o vazamento. "Se houver algo que nós precisaremos adotar, nós vamos adotar", ressaltou.

Hoje, o Departamento do In­­terior dos EUA deve enviar ao presidente Obama um relatório so­­bre a segurança das perfurações em alto mar, que vai dar as bases para decisões que vão além da atual moratória para novas permissões de perfuração em alto-mar. "Exis­­tem significativas melhorias que podem ser feitas com relação à segurança de desenvolvimentos de projetos de petróleo e gás em plataformas fora do continente", afirmou o secretário do Interior, Ken Salazar.

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