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La Paz (EFE) – A eleição marca o último ato de uma crise institucional que abala a Bolívia desde maio, quando uma onda de protestos pela nacionalização do petróleo e do gás natural colocou em xeque o governo do então presidente Carlos Mesa, que renunciou em junho. Mesa, que era vice, havia chegado ao poder após as manifestações que forçaram a renúncia do presidente eleito, Gonzalo Sánchez de Lozada.

Após a renúncia de Mesa, o então presidente da Suprema Corte, Eduardo Rodríguez, foi encarregado de administrar o país até as eleições. Além da queda de Mesa, a pressão popular levou à promulgação da Lei de Hidrocarbonetos, que criou um imposto de 32% para petroleiras estrangeiras, além dos 18% que já eram cobrados em forma de royalties.

O Brasil foi diretamente afetado porque sua estatal petroleira – a Petrobrás – responde por 15% da geração da riqueza boliviana. A empresa explora dois grandes campos de gás na selva boliviana (em Cochabamba e Santa Cruz de la Sierra), controla as duas únicas refinarias do país, opera 90 postos de gasolina (dos 400 existentes), além de uma unidade industrial de processamento de gás natural. O gasoduto Brasil-Bolívia, obra gigante concluída em 1998, garante o fornecimento de 64% do combustível usado na indústria brasileira.

Com a elevação tributária, a Petrobrás anunciou que manteria suas atividades do país, mas deixou em suspenso a efetivação de novos investimentos.

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