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A Polícia Federal negou ter realizado uma diligência na casa dos avós do garoto Sean Bianchi Goldman no Rio de Janeiro para permitir que o pai biológico, o norte-americano David Goldman, se encontrasse com o filho. A acusação de que a PF ajudou o norte-americano foi feita pela família brasileira, que disputa judicialmente a guarda do menino.

O documento da PF negando envolvimento na ação foi apresentado nesta quarta-feira (22) pelo ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) em audiência na Comissão de Direitos Humanos da Câmara.

O ofício é assinado pelo coordenador geral de Polícia Criminal Internacional da Polícia Federal, Jorge Barbosa Pontes. Em poucas linhas, ele afirma que "não houve qualquer diligência feita por agentes da Polícia Federal no apartamento da avó do menor Sean Bianchi Goldman".

Filho de David com a brasileira Bruna Bianchi, Sean tem oito anos e mora no Brasil há quase cinco anos, quando veio dos Estados Unidos junto com a mãe. Já no Brasil, Bruna separou-se de David e casou-se com João Paulo Lins e Silva. No ano passado, a mãe morreu e o padrasto ficou com a guarda da criança. O pai, no entanto, entrou na Justiça e pede o retorno da criança aos Estados Unidos. Entenda o caso.

A acusação de que a PF ajudou o pai biológico foi feita pela família brasileira do garoto. O advogado Sérgio Tostes diz ter o nome dos agentes que participaram da ação. "A Polícia Federal dizendo que não participou é mais grave ainda". Afirmou que havia um mandado de busca e apreensão e que funcionários do consulado dos Estados Unidos acompanharam a ação.

O ministro Vannuchi defende um "caminho do meio". Ele acredita que tanto a saída da criança do Brasil como o afastamento do pai biológico são prejudiciais ao seu desenvolvimento.

"Uma decisão unilateral da Justiça brasileira, seja qual for esta decisão, a Secretaria de Direitos Humanos está convencido de que terá danos para a criança em uma hipótese ou outra", disse o ministro na audiência.

O Procurador da República Fernando Luiz Albuquerque Faria afirma que o papel da Advocacia Geral da União (AGU) na questão não deve ser entendido como uma defesa do pai norte-americano. Ele esclarece que a defesa da tese de que o menino deveria retornar aos Estados Unidos se baseia em acordos internacionais firmados pelo Brasil.

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