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Sullenberg conseguiu um feito raro: pousou um avião comercial na água sem deixar feridos graves | Reuters
Sullenberg conseguiu um feito raro: pousou um avião comercial na água sem deixar feridos graves| Foto: Reuters

Aves perigosas

Brasil registra quase dez casos mensais

No Brasil, os três maiores aeroportos registram quase oito incidentes com aves por mês. O Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro, é o recordista, com 50 casos em 2008. Em seguida vêm Guarulhos, com 25, e Congonhas, com 16, ambos em São Paulo.

O diretor técnico do Sindicato Nacional de Empresas Aeroviárias, Ronaldo Jenkins, afirma que os incidentes aumentam a cada ano, o que ele atribui ao crescimento do tráfego aéreo e ao desmatamento.

Uma das providências tomadas para diminuir o número de acidentes aéreos foi a formação da Comissão do Perigo Aviário, que é uma entidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. Fazem parte órgãos como Infraero e empresas aéreas. As informações são da Agência Brasil.

Da Redação

Nova Iorque - O piloto Chesley "Sully’’ Sullenberger, de 57 anos, viveu ontem um dia de herói em Nova Iorque, após ter evitado na véspera uma tragédia ao conseguir pousar um Airbus A320 da US Airways no Rio Hudson. Todos os 155 passageiros e tripulantes sobreviveram.

Na tarde de quinta-feira, a mais de 800 metros de altura, minutos depois de decolar do aeroporto La Guardia em direção a Charlotte, Carolina do Norte, o piloto avisou a torre de controle que dois pássaros haviam se chocado com as turbinas do avião. Sullenberger tentou ir a outro aeroporto, mas acabou pousando nas águas do Hudson, com a frente do avião para cima. Isso impediu que a aeronave submergisse imediatamente e permitiu o resgate dos passageiros, aterrorizados e com frio (a temperatura estava abaixo dos -6º C).

O acidente está sendo investigado pela Direção Nacional de Segurança no Transporte dos EUA – que ainda não havia encontrado as turbinas nem a caixa-preta do avião .

Enquanto isso, Sullenberger, ex-piloto da Força Aérea, não poderá se pronunciar publicamente sobre o ocorrido. Mas ele já recebeu elogios do presidente George W. Bush, que destacou sua "valentia’’, e do prefeito de Nova Iorque, Michael Bloomberg, que o presenteou com a chave da cidade.

"Ouvi uma explosão e vi chamas na asa esquerda’’, contou o passageiro do voo 1549 Dave Sanderson. Logo veio o aviso do piloto: "Preparem-se para o impacto porque estamos caindo’’, segundo afirmou outro passageiro, Jeff Kolodjay.

A passageira Mary Berkwits relatou a tensão vivida após a queda: "Estávamos lentamente afundando, e a água estava muito fria. Tentávamos ficar próximos uns dos outros para manter-nos aquecidos’’. Alguns passageiros conseguiram esperar sobre as asas do avião. O ferimento mais grave registrado foi sofrido por uma aeromoça, que quebrou a perna.

O acidente foi uma cadeia de eventos improváveis, segundo especialistas. Aves podem atrapalhar voos comerciais, mas raramente os derrubam. É raro que duas turbinas falhem ao mesmo tempo. Raro também foi o pouso, nas movimentadas águas do Hudson, sem que ninguém se ferisse gravemente. "Meu marido sempre dizia que era improvável que um piloto sofresse um acidente em sua carreira. Imagine então um como esse’’, disse Lorrie, mulher de Sullenberger.

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