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A líder estudantil Camila Vallejo afirmou nesta terça-feira que o presidente do Chile, Sebastián Piñera, terá apenas uma oportunidade para solucionar a crise que há meses paralisa o sistema educacional do país: no sábado, quando se reunir com os líderes do movimento.

No encontro, os estudantes exigirão uma reforma estrutural do sistema educacional chileno, que no nível universitário é um dos mais caros e desiguais do planeta. "Será a única oportunidade do presidente da república para dar uma solução a este problema", declarou Camila em entrevista ao Canal 13 da televisão chilena.

Os estudantes chilenos exigem, entre outras coisas, o fim da lucro na educação universitária e no ensino secundário, volume maior de aporte financeiro e igualdade, qualidade e gratuidade da instrução escolar.

"É preciso entender a educação não como um bem de consumo, mas como um direito social assegurado pelo Estado", declarou Camila durante a entrevista.

Três meses de mobilização estudantil resultaram em protestos dos quais participaram dezenas de milhares de pessoas, entre estudantes, professores e simpatizantes.

Depois de tentar levar adiante um proposta que não atendia às exigências dos estudantes, Piñera convidou estudantes, professores e reitores para um diálogo no palácio presidencial.

O convite veio depois de o estudante Manuel Gutiérrez, de 16 anos, ter sido morto pela polícia durante um protesto em Santiago na semana passada.

A polícia chilena inicialmente negou ter disparado o tiro que matou o jovem, mas ontem um sargento confessou ter disparado sua submetralhadora durante a manifestação. O sargento, um coronel, um capitão, um oficial, dois cabos e dois subtenentes foram afastados de suas funções, informou o comando da polícia nesta terça-feira. As informações são da Associated Press.

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