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Washington – O presidente norte-americano, George W. Bush, anunciará às 21 horas de amanhã (24hs de Brasília) a nova estratégia para o Iraque que, segundo funcionários de alto escalão revelaram nos últimos dias, deve incluir o envio de até 20 mil soldados para o país do Golfo Pérsico – onde já estão cerca de 140 mil militares dos EUA – e o estabelecimento de metas para líderes iraquianos.

O plano de Bush, que vem sendo estudado há dois meses, já atraiu críticas da nova liderança democrata no Congresso, para quem já é hora de encerrar a guerra no Iraque, e não de enviar mais soldados americanos.

No que pode ser o último esforço para salvar a missão dos EUA no Iraque, a nova estratégia de Bush deve incluir o estabelecimento de metas para o governo iraquiano reduzir a violência sectária e estabilizar o país. Funcionários de alto escalão disseram ao jornal The New York Times que as metas incluem passos para atrair mais sunitas ao processo político iraquiano (comandado pelos xiitas) e finalizar uma medida sobre a distribuição da renda do petróleo.

Um plano para suavizar a política do governo iraquiano com relação aos membros do antigo Partido Baath (sunita) está também entre as metas. Os funcionários americanos insistem que pretendem dar aos iraquianos um cronograma realista de ação, mas não disseram que penalidades seriam adotadas em caso de fracasso.

A estratégia de Bush também deve conter um programa de empregos com o objetivo de levar os iraquianos de volta ao trabalho. Segundo funcionários, o custo do programa seria de US$ 1 bilhão.

Os americanos estão profundamente desiludidos com a guerra, que já deixou mais de 3 mil soldados americanos e dezenas de milhares de iraquianos mortos desde março de 2003.

O porta-voz da Casa Branca, Tony Snow, disse ontem que Bush "entende que há uma grande ansiedade da população" sobre a guerra. Por outro lado, ele disse que os americanos "não querem outro ataque como o do 11 de Setembro e é sensato confrontar os terroristas no Iraque e em outros campos de batalha em vez de nos EUA".

Congresso

A líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, advertiu Bush no domingo a pensar duas vezes antes de propor um aumento de tropas, sugerindo que o Congresso poderia rejeitar a aprovação de fundos. Em entrevista à rede de tevê CBS, Nancy disse que a nova estratégia de Bush sofrerá um grande escrutínio e Bush não receberá um cheque em branco, como vinha ocorrendo até agora.

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