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Atualizado em 10/8/2006 às 10h43

A polícia britânica anunciou nesta quinta-feira ter frustrado um plano para explodir aviões em pleno vôo, após ter realizado 21 detenções na região de Londres. Segundo a polícia, o objetivo do plano era detonar explosivos líquidos em bagagens de mão dentro das aeronaves. Um fonte do governo dos EUA disse que análise de inteligência sobre o plano indica "ligações muito fortes com a Al-Qaeda", de acordo com informações divulgadas pela rede CNN.

O plano terrorista se concentrava em aeronaves de empresas americanas que viajavam da Grã-Bretanha para os Estados Unidos, disse o secretário de Segurança Interna americano, Michael Chertoff. As empresas alvejadas seriam Continental, United Airlines e American Airlines. Alguns dos vôos tinham como destino Nova York e Washington, cidades atacadas por terroristas em aviões comerciais em 11 de setembro de 2001, disse uma autoridade do governo dos EUA.

O terror volta a assustar Londres, que, no ano passado, sofreu um duro atentado contra o seu sistema de transporte público , provocando 52 mortes. Meses depois, um erro da polícia britânica levou à morte do brasileiro Jean Charles de Meneses, confundindo com um terrorista no metrô da capital britânica.

Segundo as forças de segurança britânicas, o plano frustrado nesta quinta-feira consistia em explodir pelo menos dez aviões, de preferência em vôos entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos. Sob alerta vermelho, autoridades americanas proibiram que sejam embarcados produtos em forma líquida ou de gel em aeronaves que deixem o país. A medida de segurança também está sendo adotada na Grã-Bretanha, com exceção aberta a remédios.

O subcomissário da Scotland Yard, Paul Stephenson, disse que a intenção dos terroristas era cometer assassinatos em massa, em um nível incalculável. Com base na capacidade dos aviões, entre 1.500 e 3.000 pessoas poderiam estar a bordo no momento das pretendidas explosões.

Stephenson acrescentou que a investigação continua e a unidade antiterrorista está revistando várias casas. Ele não informou as identidades nem a nacionalidade dos detidos, mas a BBC afirma que todos seriam britânicos.

O aeroporto de Heathrow, em Londres, o principal da Grã-Bretanha, está fechado para decolagens e para o pouso de aviões que ainda não tenham decolado, informou o Serviço Nacional de Tráfego Aéreo.

Segundo a BAA, operadora do aeroporto, os passageiros dos aeroportos de Gatwick e Stansted, próximos a Londres, também registram atrasos em seus vôos.

A segurança de todos os aeroportos na Grã-Bretanha foi reforçada e o nível de alerta foi elevado para crítico, o máximo possível. O Departamento de Transporte estabeleceu que passageiros não poderão levar qualquer bagagem de mão em vôos dentro da Grã-Bretanha. Somente itens essenciais como passaportes, bolsas e remédios serão permitidos a bordo em bolsas transparentes.

"Esperamos que essas medidas sejam necessárias por um período limitado", diz o comunicado.

Em 7 de julho do ano passado, 56 pessoas morreram e 700 ficaram feridas nos atentados terroristas realizados no sistema de transporte público de Londres.

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