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O grande déficit no programa de espaçonaves da Nasa pode adiar, ou até mesmo suspender, o plano de exploração espacial do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, informou nesta segunda-feira o jornal "The Washington Post". Segundo a publicação, esse fracasso só não acontecerá se forem reduzidos à metade o número de vôos planejados ou se investirem bilhões de dólares ao projeto dos vôos tripulados ao espaço.

Fontes interadas às negociações entre a Nasa e a Casa Branca asseguraram ao jornal que o governo americano não tem intenção de gastar dinheiro extra para fazer frente a um déficit que, segundo alguns especialistas, poderia superar US$ 6 milhões entre 2006 e 2010.

A Nasa planeja realizar a retirada definitiva dos ônibus espaciais. Os problemas que a agência espacial tem enfrentado desde a tragédia da espaçonave Columbia, em 2003, são a principal fonte do atual déficit, lembrou o jornal americano.

Uma das opções que está sendo estudada para diminuir os números vermelhos, de acordo com o 'Washington Post', é limitar o número de vôos a dois por ano - dez no total - e diminuir a força de trabalho.

O gestor do programa de ônibus espaciais, Wayne Hale, garantiu em uma entrevista coletiva na quarta-feira que essa opção "não requer muito dinheiro".

O 'Post' lembra também que o diretor da Nasa, Michael D. Griffin, disse que dar fim ao programa de vôos das espaçonaves seria tão caro quanto o manter. O projeto consome, segundo o jornal, mais de 30% do orçamento da Nasa.

Segundo o 'Post', este compasso de espera levanta várias dúvidas sobre o programa "Visão para a Exploração Espacial" do presidente Bush, anunciado em janeiro de 2004. A agência espacial americana poderia ter problemas para desenvolver "um novo veículo de exploração tripulado" para 2014, a menos que haja financiamento adicional.

O projeto "Visão para a Exploração Espacial" quer usar o programa de espaçonaves para completar a construção da Estação Espacial Internacional em 2010, desenvolvendo o novo veículo de exploração tripulada para 2014, permitir a volta do homem à Lua em 2020 e, finalmente, explorar Marte.

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