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Ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere (esq.), e o líder do Partido Social Democrático, Thomas Oppermann, durante visita ao campo de refugiados de Friedland | RALPH ORLOWSKI/REUTERS
Ministro do Interior alemão, Thomas de Maiziere (esq.), e o líder do Partido Social Democrático, Thomas Oppermann, durante visita ao campo de refugiados de Friedland| Foto: RALPH ORLOWSKI/REUTERS

A polícia alemã investiga um suposto incêndio criminoso contra uma arena esportiva na cidade de Nauen, no Estado de Brandenburgo, no leste alemão, onde cerca de 130 refugiados deveriam ser acolhidos. O local foi destruído de segunda para terça-feira (25), mas ninguém se feriu.

Ameaça de bomba

O Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD, na sigla em alemão) esvaziou sua sede em Berlim nesta terça-feira após uma ameaça de bomba que o partido disse estar ligada à visita do presidente da sigla, Sigmar Gabriel, a uma cidade onde aconteceu um episódio de violência contra estrangeiros.

A secretária-geral do SPD, Yasmin Fahimi, disse que o partido de centro-esquerda --que faz parte da coalizão governista com os conservadores da chanceler, Angela Merkel-- recebeu muitas ameaças com tons racistas depois que Gabriel visitou a cidade de Heidenau, no leste da Alemanha, na segunda-feira.

Somente neste ano, a Alemanha registrou em torno de 200 ataques desse tipo.

Apesar da recepção positiva da maioria dos alemães aos refugiados que chegam ao país, manifestantes de extrema-direita vêm protestando repetidamente contra a crescente fluxo migratório em algumas cidades, como Nauen, localizada a cerca de 15 quilômetros da capital Berlim.

No fim de semana, motins aconteceram na porta de um novo abrigo para refugiados na cidade de Heidenau. Dezenas de pessoas ficaram feridas quando uma multidão de ativistas arremessou garrafas e fogos de artifício, enquanto policiais tentavam proteger os imigrantes recém-chegados ao país.

O episódio foi veementemente condenado pela chanceler alemã, Angela Merkel, que vai viajar ao local em sua primeira visita a refugiados nesta quarta-feira. Outras autoridades do país, como o presidente Joachim Gauck, também se pronunciaram contra as iniciativas xenófobas dos últimos meses e fizeram visitas a abrigos pela Alemanha.

Em meio à crise migratória que provoca tensões em diversos países da Europa, autoridades alemãs estimam que o país pode receber 800 mil pessoas em busca de abrigo até o fim de 2015, provenientes principalmente de países do Oriente Médio e da África Subsaariana.

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