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No fim de agosto, protestos violentos da extrema direita ocorreram em Chemnitz, no leste da Alemanha | ODD ANDERSEN/AFP
No fim de agosto, protestos violentos da extrema direita ocorreram em Chemnitz, no leste da Alemanha| Foto: ODD ANDERSEN/AFP

Em uma megaoperação, a polícia alemã prendeu, na manhã desta segunda-feira (1º), seis homens suspeitos de fundar um grupo de radicais de extrema direita, o “Revolution Chemnitz”, que planejou ataques violentos contra estrangeiros, opositores políticos e funcionários públicos, segundo a procuradoria-geral da Alemanha.

Em uma declaração, as autoridades afirmaram que apartamentos e outros locais na região leste da Saxônia foram vasculhados como parte de uma grande operação que mobilizou mais de 100 policiais. Cinco dos seis homens detidos são considerados membros da liderança de gangues neonazistas, de holligans e skinheads de Chemnitz, de acordo com a Deutsche Welle. Eles são Sten E. e Hardy Christopher W., de 28 anos; Martin H., de 20 anos; Sven W., de 27 anos; Marcel W. e Tom W, de 30 anos.

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A procuradoria-geral também informou que o grupo estava planejando ataques violentos e armados contra estrangeiros e pessoas que tivessem visões políticas diferentes das deles nesta quarta-feira (3), Dia da Unidade Alemã – feriado nacional que comemora a reunificação do país. Segundo a investigação, o ataque promovido pelo grupo em Chemnitz  em 14 de setembro – quando homens armados com garrafas de vidro, soco inglês e aparelhos de eletrochoque atacaram e feriram vários residentes estrangeiros – foi uma espécie de teste para um atentado ainda maior no dia 3.

No fim do mês passado, a cidade já havia sido palco de confrontos violentos após o assassinato de um carpinteiro alemão de 35 anos, supostamente cometido por dois requerentes de asilo da Síria e do Iraque. Durante os protestos, manifestantes neonazistas perseguiram estrangeiros pelas ruas de Chemnitz e fizeram a saudação proibida de Hitler. A procuradoria-geral alemã, entretanto, não afirmou se os suspeitos detidos hoje estiveram envolvidos na organização destes protestos xenófobos.

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