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A Polícia boliviana dissolveu neste domingo (25) com gás lacrimogêneo a passeata de indígenas que protestavam na Amazônia contra a construção de uma estrada e prendeu vários de seus dirigentes, enquanto outros fugiram rumo à floresta.

Os agentes atacaram o acampamento onde se encontravam mais de mil indígenas, perto do povoado amazônico de Yucumo, um dia depois que um grupo de mulheres nativas reteve durante mais de uma hora o chanceler David Choquehuanca.

Segundo o canal estatal, os indígenas foram obrigados pela Polícia a subir em ônibus que se dirige a um povoado próximo.

Os meios de comunicação informaram que os agentes reagiram dessa forma depois que vários indígenas armados com flechas pediram que recuassem do local que bloqueavam há vários dias para frear o avanço da marcha, que completou 41 dias neste domingo.

A intervenção policial aconteceu horas depois que o presidente boliviano, Evo Morales, anunciou um referendo nos departamentos de Cochabamba e Beni sobre a construção da estrada que unirá essas regiões, e após convidar os dirigentes indígenas a dialogar em La Paz.

Segundo uma emissora de rádio local, um dos detidos é o presidente do Território Indígena no Parque Nacional Isiboro Sécure, Fernando Vargas, que anunciou neste domingo a decisão das etnias amazônicas de continuar a manifestação após a diminuição das tensões.

Os indígenas se opõem que a estrada, financiada pelo Brasil, seja construída no meio do parque, com o argumento que a reserva natural será depredada e invadida por produtores de coca, planta que serve para fabricar cocaína.

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