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A polícia da Grã-Bretanha prendeu na terça-feira mais um suspeito do assassinato de cinco prostitutas, num dos casos mais dramáticos de homicídios em série na história britânica.

Os corpos nus das cinco mulheres foram encontrados nas últimas semanas em várias áreas rurais da habitualmente pacata cidade de Ipswich, no leste da Inglaterra.

``Um segundo homem agora foi detido por detetives, sob suspeita do assassinato de todas as cinco mulheres'', disse o chefe de polícia do Condado de Suffolk, Stewart Gull, em entrevista coletiva.

O suspeito, de 48 anos, foi preso de madrugada em sua casa, em Ipswich, um dia depois de os detetives deterem um homem de 37 anos suspeito de matar Gemma Adams, Tania Nicol, Anneli Alderton, Paula Clennell e Annette Nicholls.

O curto intervalo entre os crimes - apenas algumas semanas - é inédito na história recente britânica. A investigação vem sobrecarregando a pequena polícia local e atrai enorme atenção da imprensa, ecoando o misterioso Jack, o Estripador, que em 1888 matou cinco prostitutas em Londres e nunca foi apanhado.

A polícia não identificou o homem detido na segunda-feira, mas a imprensa britânica diz se tratar de Tom Stephens, funcionário de um supermercado, que teria sido preso em sua casa, na localidade de Trimley Saint Martin, a cerca de 20 quilômetros de Ipswich.

Stephens havia dado entrevistas ao jornal Sunday Mirror e à BBC em que dizia que temia ser preso porque conhecia todas as prostitutas e não tinha álibi. Ele negou veementemente qualquer envolvimento nos crimes.

O caso lembra também o de Peter Sutcliffe, o Estripador de Yorkshire, que matou 13 mulheres, a maioria prostitutas, no norte da Inglaterra entre 1975 e 1980.

A investigação na região de Ipswich começou em 2 de dezembro, quando o corpo de Adam, 25 anos, foi achado num córrego. Nicol, 19, foi encontrada no mesmo riacho no dia 8.

Alderton, 24 anos, grávida de três meses, foi asfixiada, e Clenell, 24, foi morta por ``compressão no pescoço''. Nicholls, 29, foi a quinta vítima. As cinco eram usuárias de drogas.

A prostituição é legal na Grã-Bretanha, mas anunciar serviços sexuais, prostituir-se nas ruas, manter bordéis e vagar de carro buscando prostitutas são violações das leis.

O caso provocou apelos por melhor proteção às prostitutas ou pela legalização dos bordéis, de modo que elas não tenham de se expor nas ruas.

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