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Washington – A polícia internacional está procurando Abdel Nour, o quarto participante dos supostos planos de ataque contra a rede de distribuição de combustível do aeroporto nova-iorquino JFK. As buscas por Nour, original da Guiana, estão centradas em Trinidad e Tobago, onde já foram detidos Abdul Kadir, um antigo parlamentar da Guiana, e o tobaguiano Kareem Ibrahim. As autoridades de Trinidad e Tobago disseram que Kadir e Ibrahim provavelmente serão extraditados para os Estados Unidos após um julgamento no país caribenho.

O outro acusado é o americano de origem guianense Russell Defreitas, ex-empregado do aeroporto e que foi detido ontem no Brooklyn. Ele comparecerá a uma audiência judicial na quarta-feira.

A descoberta do plano contra a rede de distribuição de combustíveis do aeroporto John F. Kennedy, um dos mais movimentados do mundo, foi anunciada no sábado pelas autoridades federais norte-americanas. Aparentemente, os alvos da trama incluíam aviões, terminais do aeroporto, tanques de abastecimento e a tubulação que leva combustível até o JFK.

O porta-voz da companhia, Roy Haase, minimizou a importância dos supostos planos de atentado, ao revelar que a tubulação encontra-se quase que totalmente enterrada e não contém oxigênio, elemento indispensável para uma explosão. Ele disse ainda que, se um tanque de abastecimento explodisse, os danos se limitariam às proximidades desse reservatório, e não afetariam a tubulação.

O ex-diretor da Administração para a Segurança no Transporte, John Magaw, afirmou que um atentado como este "poderia não causar muitas mortes, mas seria espetacular e chamaria a atenção de todo o mundo". Os danos, segundo ele, se restringiriam à economia, sobretudo às linhas aéreas, que só recentemente começaram a se recuperar da crise causada pelos atentados de 11 de setembro de 2001.

Durante as investigações, as autoridades gravaram uma conversa na qual Defreitas afirma a um informante do FBI que o atentado causaria mais destruição que os ataques de 11 de setembro. Na conversa, gravada em maio e divulgada sábado, o ex-funcionário do aeroporto diz que o atentado "seria como matar novamente o presidente JFK" e deixar todo o país de luto.

Segundo o FBI, os quatro acusados planejavam o atentado desde janeiro de 2006. Kadir e Nour eram membros da organização radical islâmica Jamaat Al Muslimeen, que, em 1990, supostamente esteve por trás de uma tentativa de golpe de Estado em Trinidad e Tobago. Conforme o vice-diretor do FBI, John Miller, os acusados não estão diretamente relacionado à rede Al-Qaeda, embora a rede terrorista possa tê-los inspirado.

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