A polícia da Malásia proibiu ativistas pelos direitos dos homossexuais de realizarem um festival anual de artes pela luta contra a discriminação no país. O evento, chamado de "Sexual Independence", é realizado desde 2008 na capital Kuala Lumpur, em circunstâncias discretas. Mesmo assim, a mostra atraiu protestos de líderes religiosos e políticos, incluindo críticas do vice-primeiro-ministro, Muhyiddin Yassin.
Depois que grupos não ligados ao governo também prometeram manifestações contra o evento, a polícia decidiu proibir o festival. O vice-chefe da polícia local, Khalid Abu Bakar, disse nesta quinta-feira que a decisão tem como objetivo prevenir que a mostra cause "desarmonia, inimizade e perturbe a ordem púbica".
Ainda nesta quinta, o vice-primeiro ministro descreveu o evento como "desapropriado" e "uma perda de tempo", de acordo com informações divulgadas pela agência oficial de notícias Bernama. A Malásia, Estado de maioria muçulmana, censura a divulgação de filmes e letras de músicas que promovam a aceitação de homossexuais na sociedade.
O festival "Sexual Independence" iria promover debates, performances musicais e filmes. O evento é apoiado pelo braço da Anistia Internacional na Malásia, principal órgão de luta pelos direitos humanos no país.
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião