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Mais de dez suspeitos relacionados com o atentado terrorista foram detidos | REUTERS/Noor Khamis
Mais de dez suspeitos relacionados com o atentado terrorista foram detidos| Foto: REUTERS/Noor Khamis

Al-Shabab tem origem em facções tribais

O grupo Al-Shabab, surgido em 2006 a partir de facções tribais, sempre foi próximo à Al-Qaeda. Em fevereiro de 2012, porém, eles divulgaram um vídeo jurando lealdade ao egípcio Ayman al-Zawahiri, sucessor de Osama Bin Laden e líder da Al-Qaeda desde sua morte, em 2011.

Segundo o Centro Nacional de Contraterrorismo, órgão oficial dos EUA, há relatos de que os líderes do Al-Shabab são treinados no Afeganistão.

Eles dominam principalmente cidades rurais na região sul da Somália, que faz fronteira com o Quênia, desde 2006. Lá, impõem uma interpretação especialmente radical do islamismo, que inclui penas como o apedrejamento de mulheres e a amputação de mãos de criminosos.

Por algum tempo, o grupo teve base em Mogadício, a capital somali, mas foi expulso em 2011. Há um ano, o Al-Shabab também perdeu seu domínio sobre o porto de Kismayo, onde obtinha parte importante de seu financiamento por meio de impostos.

A última vez que um ataque teve tamanha visibilidade foi em 11 de julho de 2010, quando dois homens-bomba mataram 77 pessoas que assistiam à final da Copa do Mundo em Kampala, Uganda.

Cinco dos terroristas viveram nos EUA

Fontes da milícia islâmica somali Al Shabab, grupo que assumiu a autoria do ataque, disseram à emissora CNN que cinco membros da organização que estão participando da ação viveram nos Estados Unidos.

O canal não esclareceu se os três integrantes do grupo têm nacionalidade americana, apenas que dois moraram nos estado de Minnesota e outro no Missouri, zonas do Meio Oeste onde há uma grande população imigrante do Chifre da África.

Aparentemente, os três terroristas têm cerca de 20 anos e agora o governo americano tenta verificar a identidade dos suspeitos.

A polícia do Quênia está retirando explosivos instalados pelos membros da milícia radical islâmica somali Al Shabab no centro comercial de Nairóbi, informou o corpo policial através do Twitter.

"Ignorem os propagandistas", pede a polícia queniana, em alusão às afirmações dos terroristas através desta plataforma, onde asseguraram que ainda há fundamentalistas no interior do edifício.

INFOGRÁFICO: Veja a planta do shopping

"Estamos muito perto do final", afirma o Ministério do Interior através da mesma rede.

O Exército queniano continua sua operação para "neutralizar a ameaça terrorista". A polícia acrescenta que a operação enfrenta suas "últimas fases" e pede "paciência" até que possa oferecer a informação adequada.

Agentes que fazem a segurança do centro indicaram à Agência Efe que durante a noite não houve transtornos, e a calma era patente nas cercanias durante o amanhecer.

A coluna de fumaça que era vista ontem, parecia quase extinta nesta manhã.

Sobre sua origem, um soldado do Exército do Quênia indicou que a fumaça foi produzida devido a imolação de um dos atacantes, que teria provocado um incêndio que destroçou partes do teto de um dos andares do centro comercial.

No entanto, outras versões asseguram que os fundamentalistas teriam queimado cobertores e colchões para fomentar confusão, ou que o incêndio era o resultado de uma das três fortes explosões que foram ouvidas.

A Cruz Vermelha e outras organizações humanitárias continuam com seu dispositivo de assistência às vítimas no citado centro.

Novos disparos são ouvidos em shopping de Nairóbi, segundo governo do Quênia

Novos disparos ocorreram nesta terça-feira no lado externo do centro comercial de Nairóbi, que foi alvo de um ataque do grupo fundamentalista Al Shabab no último sábado, e que a polícia queniana garantiu estar sob controle.

Um breve tiroteio aconteceu durante o amanhecer, em torno das 6h30 locais (0h30 de Brasília), e três horas mais tarde foram ouvidos novos disparos nos arredores do shopping "Westgate", como comprovou a Agência Efe.

A atividade policial interrompeu uma noite que tinha transcorrido com calma, após o dia de ontem, quando ocorreram várias explosões e um grande incêndio no interior do centro comercial.

Até o momento não foram divulgadas informações oficiais sobre a situação no interior do edifício, onde, no final da noite de segunda-feira, a polícia não sabia precisar o número de reféns nem de terroristas que permaneciam no interior.

A polícia informou sobre a detenção de mais de dez suspeitos relacionados com o atentado terrorista, no qual até então morreram pelo menos 62 pessoas e outras 180 ficaram feridas.

Um pronunciamento do presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, foi anunciado para hoje durante a manhã, mas seis horas depois ainda não se sabe quando ele vai fazê-lo.

Os helicópteros voltaram a sobrevoar o perímetro do shopping center ao longo da manhã e o Exército informou, através do Twitter, que continua sua operação para "neutralizar a ameaça terrorista" e fazer um pente-fino no interior do edifício.

"O Exército do Quênia continua garantindo a segurança no edifício do Westgate. Uma declaração oficial sobre a situação da operação será feita mais tarde", afirmou na rede social.

A polícia, por outro lado, pediu que se "ignore a propaganda do inimigo", em alusão a algumas mensagens supostamente publicadas no Twitter pelo Al Shabab.

"O Westgate está sob o total controle das forças governamentais e estamos fazendo um pente-fino na área para garantir que a segurança para todo mundo", acrescentou.

Segundo os últimos dados divulgados ontem pela Cruz Vermelha, também há cerca de 60 desaparecidos com os quais não foi possível o contato desde o início do atentado.

Durante os três últimos dias, as forças de segurança e os corpos de voluntários conseguiram retirar mil pessoas do Westgate, um dos shoppings mais luxuosos da cidade e frequentado por estrangeiros e quenianos de classe alta.

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