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As Filipinas admitiram nesta terça-feira ter falhado em uma operação contra um sequestro de ônibus, na qual oito turistas morreram. O incidente é motivo de pressão sobre o atual presidente, Benigno Aquino, para tirar o país de anos de má administração e decadência.

A Polícia Nacional das Filipinas admitiu que a equipe da operação que tentou resgatar os 15 turistas de Hong Kong não havia sido adequadamente treinada, armada e liderada. Os reféns foram mantidos no ônibus por um homem armado.

A China e Hong Kong se enfureceram com o resgate caótico e exigiram uma investigação rigorosa.

O ex-policial que sequestrou o ônibus porque estava com raiva por ter sido demitido foi morto pela polícia. Oito reféns também morreram e um está em estado grave. Não se sabe se foram vítimas do ex-policial ou da própria operação da polícia.

"Em uma operação para resgatar reféns e salvar vidas, as ações devem ser rápidas e precisas", disse à Reuters o general reformado da polícia Rodolfo Mendoza.

"Deveria ser sido encerrado em cinco minutos, mas o que vimos foi cômico", acrescentou o ex-agente de inteligência e contra-terrorismo sobre a tentativa de resgate que durou mais de uma hora.

Hong Kong alertou sua população a não viajar às Filipinas, e o tablóide chinês Global Times, dirigido pelo Partido Comunista, afirmou que o fracassado resgate mostrava uma falha mais profunda.

"As Filipinas são um dos países mais caóticos do Sudeste Asiático", disse o jornal. "Uma cultura de colonização, autocracia e rápidas mudanças de governo criaram todos os tipos de problemas nesse país."

Aquino, filho de dois heróis da democracia filipina, assumiu o poder em parte alimentando-se das esperanças de que a reputação de honestidade da família o ajudaria a combater a corrupção, impulsionar a economia e resgatar a reputação do país.

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