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A polícia australiana indiciou na sexta-feira um homem por ter supostamente iniciado um dos muitos incêndios florestais no país, que juntos já deixaram 181 mortos.

De acordo com a polícia, o homem, não-identificado, foi indiciado pelos crimes de "incêndio criminoso resultante em morte" e por ter iniciado um foco de fogo "intencional e negligentemente" nos arredores da localidade de Churchill, no Estado de Victoria, no sábado passado. Esse incêndio matou 21 pessoas.

O primeiro-ministro Kevin Rudd havia declarado que a onda de incêndios no país equivale a um "homicídio em massa".

O homem, detido na sexta-feira, não estava no tribunal quando o indiciamento foi apresentado. De acordo com a imprensa local, a polícia disse ao juiz responsável que o acusado está mentalmente abalado.

O tribunal determinou que sua identidade não seja revelada e que ele seja submetido a uma avaliação psicológica. Para a própria segurança dele, o acusado foi transferido do interior de Victoria para a capital do Estado, Melbourne. Uma audiência judicial na cidade está marcada para segunda-feira.

Pelos dois crimes em que foi indiciado, o acusado pode pegar até 40 anos de cadeia.

Autoridades dizem que o número total de vítimas pelos incêndios pode ultrapassar os 200, conforme mais corpos são descobertos em ruínas de casas.

A devastada localidade de Marysville, que está inacessível para proteger o público de cenas traumáticas, pode ter mais 50 a 100 mortos, segundo as autoridades. Isso elevaria o total para cerca de 300.

Embora a seca e o calor favoreçam os incêndios, a polícia acredita que vários focos sejam de autoria criminosa. Na quinta-feira, dois homens foram detidos sob suspeita de botar fogo na mata, mas liberados em seguida.

Milhares de bombeiros continuam combatendo as chamas na sexta-feira em Victoria, onde ainda restam cerca de 20 focos, muitos deles fora de controle. Em todo o Estado, 44 escolas públicas estão sem aulas na sexta-feira.

A área atingida, que tem o dobro do tamanho de Londres e abrange mais de 20 localidades, foi declarada zona de desastre. Os incêndios destruíram 1.831 casas e deixaram 7.000 desabrigados. É a pior tragédia na Austrália nos últimos 110 anos.

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