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A polícia israelense interrogou nesta quinta-feira o novo ministro das Relações Exteriores do país, Avigdor Lieberman, por mais de sete horas, sob a suspeita de suborno e lavagem de dinheiro.

O ultranacionalista Lieberman, que se tornou o principal diplomata de Israel nesta terça-feira, negou ter cometido qualquer delito e classificou como campanha difamatória a investigação policial sobre seus negócios.

A retórica antiárabe do chanceler preocupa os palestinos, assim como os líderes árabes da região.

"Avigdor Lieberman foi interrogado pela polícia hoje durante sete horas e meia sob a suspeita de cometer o seguinte: suborno, lavagem de dinheiro e quebra de confiança", disse o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld.

O interrogatório integra uma investigação que vem sendo feita há anos, sobre a qual a polícia não forneceu detalhes.

A mídia israelense disse que Lieberman é suspeito de receber subornos por meio de uma firma de consultoria dirigida por sua filha.

Ele já havia sido interrogado antes, mas não como ministro das Relações Exteriores.

Lieberman, que nasceu na União Soviética, fez campanha para a eleição israelense de 10 de fevereiro com o slogan "sem lealdade, sem cidadania" - lema relacionado à solicitação da deportação de cidadãos árabes israelenses acusados de envolvimento com ou defendendo as ações de militantes baseados na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada.

A eleição foi convocada após um escândalo de corrupção que forçou Ehud Olmert, que era o líder do partido de centro Kadima, a renunciar como primeiro-ministro, embora ele tenha permanecido no poder até terça-feira, quando o direitista Benjamin Netanyahu, novo premiê de Israel, prestou juramento.

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