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Pelo menos três pessoas morreram neste domingo (16) e outras 17 ficaram feridas no Iêmen por disparos de policiais durante as manifestações organizadas contra o presidente Ali Abdullah Saleh.

Duas das pessoas que morreram e os 17 feridos participavam de um protesto na capital iemenita, Sana. A outra vítima era uma mulher que perdeu a vida em uma manifestação na cidade de Taiz, no sul do país, onde por enquanto há um número indeterminado de feridos.

Em Sana, milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra o regime iemenita um dia depois de pelo menos 10 pessoas morrerem também em consequência da repressão policial aos protestos populares que agitam o país.

No protesto deste domingo em Sana, os manifestantes partiram da praça central Al Taguir (A mudança), epicentro das revoltas antigovernamentais, e se dirigiram à avenida Al Zobeiri, proibida para os protestos. Nesse ponto, agentes mobilizados nos telhados dos prédios começaram a disparar contra os manifestantes.

Ambulâncias continuam transferindo os feridos ao hospital de campanha que os opositores montaram na praça. Era possível ouvir explosões no mesmo local da manifestação.

Também houve confrontos entre forças governamentais e as tropas do general dissidente Ali Mohsen al-Ahmar que acompanhavam a manifestação para protegê-la.

Desde 27 de janeiro, o Iêmen vive uma onda de protestos populares contra o regime de Saleh. O líder retornou de surpresa ao país em 23 de setembro, após passar por um período de recuperação na Arábia Saudita durante mais de três meses devido a graves ferimentos que sofreu em um atentado em Sana.

Em seu retorno, o líder voltou a se comprometer com a transferência pacífica do poder que figura em um plano do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e pediu aos opositores que o alcancem mediante eleições.

Saleh é presidente do Iêmen desde a unificação entre o norte e o sul de 1990, mas desde 1978 já era o governante do Iêmen do Norte.

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