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Pelo menos duas pessoas morreram e outras 147 foram presas hoje no primeiro dia de protestos de grupos islâmicos contra a qualificação da Irmandade Muçulmana como um grupo terrorista, na última quarta-feira. Os atos foram convocados após a polícia dizer que reprimiria qualquer ato do grupo.

A decisão foi tomada após o atentado que atingiu um prédio das forças de segurança em Mansura, na última terça, deixando 14 mortos e mais de cem feridos. O governo interino acusou a entidade de ter feito a explosão, através de associação com o grupo Ansar Bayt al-Maqdis, que atua no Sinai.

Em Damietta, na região do canal de Suez, um jovem islamita de 18 anos foi baleado e morto, enquanto outro homem foi morto em Minya, bastião islâmico ao sul da capital Cairo. Os confrontos mais intensos foram registrados após a oração do meio-dia no Cairo e em Ismailiya, perto do canal de Suez.

Na capital egípcia, uma coluna de fumaça negra se erguia sobre a zona de dormitórios da Universidade Al-Azhar, de onde os manifestantes usavam pedras para afastar os policiais. Os agentes e os alunos entram em confronto na região desde ontem.

As forças de segurança, por sua vez, lançaram bombas de gás lacrimogêneo. Nas manifestações, as forças de segurança já detiveram 147 membros da Irmandade Muçulmana, que chamaram de "sabotadores", entre eles, 28 mulheres.

Os confrontos acontecem em meio à jornada de protestos, convocada pela Coalizão Egípcia para a Defesa da Legitimidade, que apoia o presidente islamita Mohammed Mursi, retirado do poder pelos militares em julho e preso acusado de associação ao terrorismo.

Em uma nota chamando para a "semana da ira", a entidade afirmou que o governo passou dos limites, mas que pretende atuar de forma pacífica. "Não ficaremos de braços cruzados diante da agressão contra as mulheres do Egito e os abusos contra os detidos que rejeitam o golpe de Estado", ressalta a nota.

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