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Vídeo | Reprodução/TV Globo
Vídeo| Foto: Reprodução/TV Globo

A polícia russa agrediu manifestantes anti-Kremlin com cassetetes no coração turístico de São Petersburgo neste domingo (15), um dia após combater protesto semelhante em Moscou.

A violência começou depois que cerca de 500 manifestantes, que pediam a renúncia do presidente russo Vladimir Putin, andaram em direção a uma estação ferroviária após um protesto autorizado pelas autoridades.

Os policiais, com uniformes azuis de combate urbano e capacetes, entraram no meio da multidão e prenderam alguns dos ativistas. Outros foram jogados no chão e receberam golpes de cassetetes, segundo testemunha.

"Parem com a agressão", gritaram os manifestantes para a polícia. "Fascistas. Quanto Putin pagou a vocês?" A polícia levou cerca de 150 ativistas para camburões e continuou a atingir alguns deles com cassetetes. As autoridades haviam permitido um encontro dos manifestantes, mas havia proibido uma marcha.

Os opositores de Putin, organizados no grupo Outra Rússia, planejaram dois protestos durante o fim de semana. As autoridades vetaram a principal manifestação no sábado, em Moscou, e prenderam centenas de ativistas, entre os quais o ex-campeão mundial de xadrez, Garry Kasparov.

"Os últimos dois dias mostraram que o regime de Putin não presta atenção às legalidades, ele se apóia na força bruta", disse Kasparov à CNN Internacional.

Prisões

O grupo Outra Rússia reúne opositores do Kremlin em todo o espectro político, de liberais a comunistas. Eles dizem que Putin ignorou as liberdades democráticas e pedem uma eleição presidencial justa e livre em 2008.

O grupo Outra Rússia tem pouca influência em meio ao apoio da vasta maioria da população russa a Putin, cujos sete anos de governo são marcados pela riqueza trazida pelo petróleo e outras commodities e pelo retorno do orgulho nacional após o caos pós-União Soviética, nos anos 1990.

No domingo, cerca de 3 mil manifestantes foram monitorados por centenas de policiais na praça central de São Petersburgo na segunda manifestação anti-Kremlin.

A rede de telefonia celular foi bloqueada e caminhões da polícia montaram canhões de água nas ruas.

"Liberdade!", gritavam os manifestantes. "Putin é o inimigo do povo". "Nosso pedido é a renúncia do governo e do presidente e eleições livres e justas neste ano e no próximo", disse à multidão Eduard Limonov, líder do partido esquerdista Nacional Bolchevique. Mais tarde, a polícia deteve Limonov em seu apartamento, em São Petersburgo.

Mais cedo, a polícia havia detido dezenas de manifestantes antes do protesto, disseram os organizadores.

"A polícia me prendeu logo que saí de casa nesta manhã", disse à Reuters em custódia policial uma organizadora da manifestação, Olga Kurnosova, líder do partido de Kasparov em São Petersburgo.

"Eles também detiveram dezenas de outros na estação de trem e no caminho para o protesto." Em março, a polícia usou cassetetes para interromper uma marcha de opositores de Putin que bloqueava uma das principais vias de São Petersburgo.

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