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Polícia sabia que atirador do Texas fugiu de hospital psiquiátrico em 2012

 | SCOTT OLSONAFP
(Foto: SCOTT OLSONAFP)

O atirador que matou 26 pessoas em uma igreja batista no Texas no domingo (5) fugiu de uma instituição psiquiátrica no Novo México, em junho de 2012. 

A informação é de um relatório da polícia de El Paso, cidade onde Devin Kelley, à época com 21 anos, foi encontrado após escapar de um hospital em Santa Teresa. 

Segundo o documento, obtido pela emissora KPRC TV de Houston e divulgado nesta terça-feira (7), Kelley foi internado após ser acusado de agredir a mulher e o filho —uma das agressões deixou o bebê com uma fratura no crânio. 

O relatório policial afirma que o funcionário do hospital que reportou o desaparecimento de Kelley do hospital avisou que ele "sofria de distúrbios mentais" e que ele "tentava consumar ameaças de morte" contra "seus superiores militares". 

Kelley "era um perigo para ele mesmo e outros, pois já havia sido pego contrabandeando armas de fogo para a Base Aérea Holloman". Ele serviu nessa base da Força Aérea dos EUA no Novo México entre 2010 e 2014. 

Meses depois, ainda em 2012, Kelley foi condenado por uma corte marcial pelas agressões à mulher e ao filho e foi sentenciado a passar um ano em uma prisão militar. Ele teve a patente reduzida e depois foi dispensado por má conduta. 

Entenda o caso

A polícia disse nesta terça-feira que ainda não tem detalhes sobre a motivação da chacina. Na segunda-feira (6), os investigadores afirmaram que o estopim teria sido uma "situação doméstica" e o atirador não teria tido motivações religiosas ou raciais. O caso não é investigado como terrorismo. O FBI (polícia federal) agora tenta obter informações do celular de Kelley. 

Os sogros de Kelley frequentavam a igreja, mas o casal não estava no local no domingo. 

O atirador matou 23 pessoas dentro da igreja e duas do lado de fora. Outra vítima morreu quando era levada ao hospital. A idade dos mortos vai de 5 a 72 anos. Sutherland Springs, a 48 km de San Antonio, tem menos de 700 habitantes. 

"Temos muitos problemas de saúde mental em nosso país, como outros países têm. Mas essa não é uma situação de armas", disse Donald Trump na segunda. O presidente americano se esquivou do debate do controle de armas, que sempre vem à tona nos EUA após chacinas como a do Texas e a de Las Vegas, em outubro, quando 58 pessoas morreram. 

Um casal que sobreviveu ao ataque contou nesta terça-feira à rede de TV KSAT, de San Antonio, que o atirador percorreu todas as alas da igreja batista em busca de vítimas para matar. 

Rosanne Solis e Joaquin Ramirez estavam sentados próximos à entrada da igreja. Solis afirmou que os fieis começaram a gritar e se jogaram ao chão. Ela disse que podia ver as balas voando e pessoas caindo, ensanguentadas. 

Por um momento, disse ela, o atirador pareceu parar e ela pensou que a polícia havia chegado. Mas então ele entrou na igreja e voltou a atirar, inclusive em bebês que choravam com o barulho. 

O casal sobreviveu após se fingir de morto. Apesar disso, Solis foi atingida no braço e Ramirez teve ferimentos por estilhaços de bala. 

"O Senhor me salvou porque eu sei que aquele era meu último dia", afirmou Solis.

Uma década atrás, o maior registro de pessoas mortas em massacres era 23.

Publicado por Ideias em Segunda, 6 de novembro de 2017

Movido pela adrenalina, Langendorff (foto abaixo) dirigiu em alta velocidade para tentar alcançar o atirador, enquanto explicava a situação para a polícia no telefone.

Publicado por Ideias em Segunda, 6 de novembro de 2017

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