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Onze policiais britânicos envolvidos na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, baleado no metrô londrino ao ser confundido com um homem-bomba, não sofrerão nenhuma punição disciplinar, disse nesta sexta-feira (11) a Comissão Independente de Queixas Policiais (IPCC, na sigla em inglês).

O eletricista brasileiro, então com 27 anos, foi baleado logo depois de embarcar no metrô, no dia 22 de julho de 2005, em um momento de grande tensão na cidade devido à ameaça de atentados suicidas. Apenas 15 dias antes, quatro muçulmanos britânicos haviam agido como homens-bomba, matando 52 pessoas e ferindo centenas em metrôs e em um ônibus.

Em julho do ano passado, o Ministério Público decidiu que nenhum agente seria processado criminalmente pelo incidente. Agora, o IPCC anunciou que eles não serão submetidos a um tribunal próprio para policiais. Nick Hardwick, presidente do IPCC, disse ter concluído que não havia "perspectiva realista de acusações disciplinares serem sustentadas contra qualquer dos oficiais com armas de fogo ou de vigilância envolvidos".

O IPCC disse que em sua investigação sobre quatro outros comandantes e assessores táticos ligados à operação vai aguardar o resultado de um processo judicial coletivo com início em outubro, no qual a Polícia Metropolitana de Londres é ré sob leis de saúde e segurança. A Polícia Metropolitana (Scotland Yard) pediu desculpas pelo assassinato.

A família Menezes se disse "profundamente frustrada" com a notícia. Em nota, a família Menezes disse estar "mais uma vez gravemente desapontada com decisões escusatórias estarem sendo tomadas a respeito de oficiais diretamente responsáveis pelo assassinato de um homem inocente antes que se tenha acesso às provas".

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