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| Foto: MR/AA/Michaela Rehle

Tiros são eventos raríssimos para a polícia norueguesa. De acordo com estatística revelada pelo governo do país, os policiais locais ameaçaram usar armas de fogo em apenas 42 ocasiões em todo o ano passado. E usaram, de fato, apenas duas vezes. Nenhuma delas teve feridos.

Os dados foram tema de reportagem no “Washington Post” nesta quarta-feira (8).

Os baixos números refletem um histórico pacífico da polícia da Noruega. As ameaças de uso de arma de fogo chegaram ao menor nível em 12 anos. Além disso, o país melhorou sua performance no número de feridos -- de dois em 2013 para zero em 2014.

Pela décima vez em 12 anos, ninguém foi morto pela polícia.

Até mesmo em 2011, quando um atirador com ideologia de extrema-direita invadiu e matou 77 pessoas em uma ilha, os dados surpreendem. Naquele ano, a polícia atirou apenas uma vez -- e não foi no atirador, que se entregou sem que os oficiais disparassem.

Uma das explicações para o fenômeno, segundo o “Washington Post”, é o fato de os policiais não costumarem carregar armas. Claro, os baixos índices de violência no país de 5 milhões de habitantes também é fator decisivo.

De acordo com o jornal norte-americano, que ressalta a diferença entre os dois países, somente neste ano, foram alvejadas por tiros e mortas mais de 400 pessoas nos Estados Unidos.

Também como comparativo, guardadas as diferenças, a polícia paranaense matou 151 pessoas em 2013, segundo dados do oitavo Anuário Brasileiro de Segurança Pública -- documento publicado no fim do ano passado e que traz os dados mais recentes sobre o assunto. No Brasil todo, foram 2.212 pessoas, de acordo com o mesmo levantamento.

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