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Um político de oposição de Uganda exortou nesta quinta-feira seus partidários homens a fazerem greve de sexo até que suas mulheres prometam não votar no partido governista nas próximas eleições nacionais.

A maioria dos analistas prevê que a eleição de fevereiro reconduza ao poder o presidente Yoweri Museveni e seu Movimento de Resistência Nacional (NRM).

"Vocês se dizem partidários da oposição, mas suas mulheres ainda votam no NRM", disse Stanley Kalembaye a um grupo de homens em um comício, parte do qual foi exibido pelo canal NTV do país, situado no do leste africano.

"Sugiro que vocês digam a elas que vão lhes negar seus direitos conjugais enquanto elas não mudarem de partido."

O candidato do Fórum pela Mudança Democrática (FDC), que vai concorrer à prefeitura da cidade de Mbarara, no sudoeste de Uganda, disse que os homens devem explicar a suas mulheres que o governo do NRM levou ao desemprego e à falta de crescimento da economia.

"Eles devem tentar explicar a situação a suas mulheres, que podem não ter conhecimento disso por ficar em casa com os filhos", disse Kalembaye à Reuters.

"Mas, se ficarem frustrados porque suas mulheres não entendem, podem se negar a fazer sexo com elas."

Não é a primeira vez em que greves de sexo são usadas como armas políticas em países africanos - mas é mais comum que sejam organizadas por mulheres contra homens.

No ano passado, milhares de quenianas afirmaram ter negado sexo a seus maridos, num esforço para pôr fim aos choques pós-eleitorais, e um grupo de mulheres da Libéria fez o mesmo, em uma campanha que, segundo muitos, contribuiu para o término da prolongada guerra civil nesse país.

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