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O premier polonês, Donald Tusk: restam questões técnicas | Peter Andrews/Reuters
O premier polonês, Donald Tusk: restam questões técnicas| Foto: Peter Andrews/Reuters

Varsóvia - A Polônia finalmente aceitou, ontem, que os Estados Unidos instalem parte de um novo escudo antimísseis em seu território, o que foi possível graças a uma contrapartida mais generosa oferecida por Washington. O acordo preliminar foi firmado pelo vice-chanceler polonês, Andrzej Kremer, e pelo negociador norte-americano John Rood. O texto ainda precisa ser ratificado pelo Parlamento local.

Os EUA querem instalar dez interceptadores de foguetes numa base no norte da Polônia, além de um sistema de radares na República Tcheca. A Rússia vê com preocupação essas atividades em sua zona de influência, embora Washington insista que o escudo servirá contra Estados inimigos, como Irã e Coréia do Norte, e não contra Moscou.

Diante da resistência russa, o premier polonês, Donald Tusk, alegava que os EUA precisariam melhorar a defesa aérea de Varsóvia e ampliar a cooperação militar mútua. Autoridades disseram que o acordo inclui uma promessa norte-americana de ajudar a Polônia militarmente em caso de ameaça por terceiros e de instalar uma base permanente em solo polonês, como gesto simbólico para salientar a aliança.

"Estamos confortáveis de termos negociado um acordo forte. Ele eleva nossa relação de segurança a um novo nível", disse Rood. Se os prazos forem cumpridos, os interceptadores de mísseis estarão instalados por volta de 2012. Os tchecos já assinaram um tratado semelhante para os radares, que também depende de ratificação parlamentar. Antes das negociações finais na Polônia, Tusk disse que a reação militar da Rússia contra a ocupação georgiana da Ossétia do Sul reforçava a importância de que seu país tenha proteção especial. Mas o chanceler polonês, Radoslaw Sikorski, minimizou o impacto da crise da Geórgia sobre o acordo, aparentemente na esperança de evitar maiores críticas por parte dos russos. Num primeiro sinal de descontentamento da Rússia, o chanceler Sergei Lavrov cancelou na quinta-feira a viagem que faria em setembro a Varsóvia, segundo diplomatas poloneses.

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