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Imagem de Damian Soból em um cartaz exposto durante uma homenagem feita a ele na Polônia
Imagem de Damian Soból em um cartaz exposto durante uma homenagem feita a ele na Polônia| Foto: EFE/EPA/Darek Delmanowicz

A Polônia convocará para conversas nesta sexta-feira (5) o embaixador de Israel no país, Yacov Livne. A decisão ocorre após Livne fazer comentários nas redes sociais defendendo Israel de acusações sobre o ataque, que o país diz ter sido “não intencional”, contra um comboio de ajuda humanitária da ONG World Central Kitchen (WCK), que estava atendendo civis em Gaza.

Por meio de sua conta no X (antigo Twitter), Livne defendeu Israel das acusações de “assassinato intencional” dos membros da ONG, que, segundo ele, estão sendo proferidas pela “extrema-direita e extrema-esquerda da Polônia”.

O embaixador citou como exemplo posição de um político polonês que integra o Parlamento do país e disse que “antissemitas sempre permanecerão antissemitas, e Israel permanecerá como um Estado judeu democrático lutando pelo seu direito de existir e também pelo bem de todo o mundo ocidental”.

O ataque contra a ONG atingiu em cheio a sociedade e a política polonesa, já que entre as vítimas está o cidadão polonês chamado Damian Soból, de 35 anos, que colaborava com a WCK em Gaza após também realizar trabalhos humanitários na Ucrânia.

A declaração feita por Lavne nas redes sociais provocou "indignação" nas autoridades polonesas, incluindo o primeiro-ministro do país, Donald Tusk, que se uniu ao presidente Andrzej Duda, para exigir um pedido de desculpas do embaixador.

Tanto Duda quanto Tusk também pediram que a família de Soból receba uma compensação financeira do governo de Israel.

A posição de Yacov poder ter reacendido uma crise diplomática existente entre Israel e a Polônia, referente a questões sobre o Holocausto e uma lei que limitava reivindicações de restituição de propriedades por judeus herdeiros das vítimas do extermínio nazista.

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