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Aldeias nas montanhas do leste do Congo, que já abrigaram dezenas de milhares de pessoas, já estão quase vazias, depois que rebeldes e o Exército do país entraram em confronto, um dos piores em uma semana.

Os enfrentamentos na cidade de Kanyabayonga, localizada ao norte da capital provincial Goma, ocorrem mesmo depois de o líder rebelde Laurent Nkunda ter prometido a um enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) que apoiaria um cessar-fogo e os esforços da ONU para encerrar o conflito, que desde agosto deste ano já forçou 250 mil pessoas a deixarem suas casas.

As poucas pessoas que continuavam nesta segunda em Kanyabayonga estão se preparando para deixar a cidade. Soldados do exército congolês também fugiam do local. Os dois lados se enfrentaram neste domingo (16) em Rwindi, a 17 quilômetros de Kanyabayonga. Cerca de 150 pessoas procuraram refúgio perto de uma base de mantenedores de paz da ONU, amontoando-se ao lado de contêineres enquanto o local era atingido por morteiros e fogos de artilharia.

"Esses capacetes azuis (soldados da ONU) não nos deixam entrar na base, mas ficar aqui perto é melhor do que nada", afirmou Clement Elias, um dos que procuraram refúgio. Elias afirmou ter ouvido cerca de cem explosões neste domingo à noite. Até agora não há relato de vítimas, segundo o porta-voz da força mantenedora de paz da ONU, coronel Jean-Paul Dietrich. "É muito lamentável que o cessar-fogo não tenha sido respeitado.

Nesta segunda-feira (17), Rwindi estava calma, mas rebeldes eram vistos circulando livremente, carregando geradores e caixas de munição. O Congo abriga a maior missão de paz da ONU, com cerca de 17.000 soldados, mas a base mantenedora de paz não tem sido capaz de dar fim aos combates no país nem de proteger a população civil.

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