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Em algum momento deste mês o número de habitantes dos Estados Unidos vai superar 300 milhões de pessoas, um marco que coloca questões ambientais para o único grande país industrializado cuja população cresce substancialmente.

O Departamento do Censo prevê que a população de 300 milhões será atingida em meados de outubro, 39 anos depois de ultrapassar 200 milhões e 91 anos depois de superar 100 milhões.

Os Estados Unidos têm a terceira maior população do mundo, atrás da China e da Índia. De todo o crescimento populacional do mundo, só 2 por cento ocorre em países desenvolvidos.

De acordo com o Censo, a população cresce mais no Sul e no Oeste dos EUA. Entre 2004 e 2005, houve crescimento natural (nascimentos menos mortes) de 1,7 milhão de pessoas, e a chegada de 1 milhão de imigrantes.

A propósito dessa marca, a ONG Centro para o Meio Ambiente e População preparou um relatório que chegou às seguintes conclusões sobre o impacto do crescimento em um país que gasta tantos recursos naturais per capita:

- Cada americano ocupa 20 por cento mais terreno construído - casas, hospitais, lojas, estradas -- do que há 20 anos.

- Cada americano usa o triplo de água que a média mundial; mais de metade das terras úmidas dos EUA foi perdida, em grande parte devido à agricultura e ao desenvolvimento urbano.

- Metade do território continental dos EUA não tem mais sua vegetação nativa; quase mil espécies vegetais e animais são qualificadas pelo governo como ameaçadas ou em perigo, sendo 85 por cento devido à alteração ou destruição do seu hábitat.

- Os Estados Unidos consomem quase 25% da energia mundial, embora tenham só 5 por cento da população, e têm o maior consumo per capita de petróleo do mundo.

- Cada norte-americano produz 2,3 quilos de lixo por dia, 900 gramas a mais do que em 1960; a atual taxa é cerca do quíntuplo dos países em desenvolvimento.

Quando a população dos EUA atingiu 200 milhões, em 1967, Paul Erlich ganhou notoriedade com um livro chamado "A Bomba Populacional", que previa uma epidemia de fome devido ao crescimento populacional.

O novo relatório não tem essas previsões sombrias.

- Não estamos dizendo que há gente demais - disse a autora, Victoria Markham. - O que tentamos foi dar um passo para trás e ver o quadro mais amplo das tendências populacionais e dos dados científicos - completou.

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