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Roma – O ex-ministro italiano Roberto Calderoli, membro do partido populista Liga do Norte, levantou ontem uma nova polêmica sobre as eleições legislativas ao denunciar que 45 mil votos foram atribuídos de forma ilegal à coalizão de centro-esquerda, liderada pelo vencedor da votação, Romano Prodi. O atual premier, Silvio Berlusconi, que esperava a reeleição, ainda não reconheceu a vitória do adversário.

Segundo o ex-ministro das Reformas, 45.580 votos da lista da Liga da Aliança Lombarda, pertencente à coalizão de Prodi, para a Câmara dos Deputados não deveriam ter sido contabilizados. "Esta lista concorreu apenas em uma circunscrição da Lombardia, por isso não pode ser levada em consideração em âmbito nacional. " A denúncia, que pode dar vitória Berlusconi na Câmara, já teria sido formalizada.

A coalizão de centro-esquerda de Prodi rebateu as declarações de Calderoli em um comunicado, no qual afirma que a lei eleitoral não torna obrigatório o registro das listas de candidatos em mais de uma circunscrição. Calderoli foi convidado a reler a legislação.

Prodi disse ontem que já trabalha na formação do futuro governo da Itália. Ele pediu de novo à coalizão conservadora que deixe de questionar a vitória da coalizão de centro-esquerda. O premier eleito classificou a nova denúncia como uma "invenção".

Um dos principais aliados do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, o ministro do Trabalho, Roberto Maroni, disse que Romano Prodi "venceu as eleições e tem o direito de governar’’. Maroni pertence à Liga Norte, um dos partidos do bloco de centro-direita.

Os resultados oficiais serão anunciados antes de amanhã. Mesmo assim, Berlusconi voltou a insistir que os resultados continuam indefinidos e exortou seus partidários a manterem a vigilância. "Um lado ganhou e o outro perdeu. Agora basta! Vamos governar’’, rebateu Prodi.

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