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Onda de protestos

Novas rebeliões foram registradas ontem por causa de filme anti-Islã, no sexto dia de manifestações.

Líbano: Líder do Hezbollah fez uma rara aparição para conclamar a continuidade dos protestos.

Paquistão: Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas durante ataques a prédios do governo e dos EUA nas cidades de Wari e Karachi.

Afeganistão: Cententas de manifestantes queimaram pneus e carros e jogaram pedras contra uma base dos EUA.

Tunísia: Um líder radical e suposto man­­dante dos ataques na se­­mana passada foi encur­­ra­­lado pela polícia em uma mes­­quita em Tunis, mas fugiu.

Outros países:• Indonésia• Filipinas• Iêmen• Ir㕠Egito• Cisjordânia• Azerbaijão• Faixa de gaza

O primeiro-ministro do Pa­­quistão, Raja Pervez Ashraf, determinou ontem­­ a re­­tirada do ar do site YouTube por causa de um vídeo feito nos EUA que zomba do profeta Maomé e enfureceu muçulmanos do mundo todo.

A decisão foi tomada horas depois de a polícia ter dado tiros para o alto e usado gás lacrimogêneo contra um grupo que cercava o consulado dos Estados Unidos em Karachi.

Cerca de cem pessoas chegaram em motos e carros aos arredores do consulado dos EUA em Karachi, atirando pedras nos policiais e danificando um dos seus veículos. Um comandante policial disse que 30 estudantes foram presos.

Os protestos continuaram ontem em várias cidades da Ásia, direcionando sua fúria contra os Estados Unidos por terem permitido a realização e difusão das imagens do filme intitulado A inocência dos muçulmanos.

No Afeganistão e na In­­do­­nésia, muçulmanos queimaram bandeiras dos Estados Unidos e gritaram "morte à América".

Em Jacarta, capital da In­­donésia, mais populosa nação islâmica do mundo, a polícia usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar centenas de manifestantes em frente da embaixada dos EUA.

Em Cabul, os manifestantes incendiaram carros e lojas, e apedrejaram a polícia. Milhares também saíram numa passeata em Beirute, no Líbano.

A situação abriu uma crise internacional em meio à reta final da campanha presidencial nos Estados Unidos.

O governo norte-ameri­­cano qualificou o filme de­­ "repreensível", mas disse que, por causa do direito constitucional à liberdade de expressão, nada pode fazer para coibir sua distribuição, como querem os mani­­fes­­­­tantes.

Rara apariçãoLíder do Hizbollah participa de protesto contra filme

Os protestos contra o filme anti-islâmico A Inocência dos Muçulmanos motivaram uma rara aparição em público do líder do grupo xiita Hizbollah, Hassan Nasrallah.

O líder discursou para dezenas de milhares de manifestantes no Líbano, declarando que o mundo precisava saber que os islâmicos "não ficariam em silêncio diante desse insulto".

Em sua fala, televisionada pela rede Al Manar, pertencente ao grupo anti-Israel, Nasrallah convocou uma semana de protestos contra o vídeo. Segundo ele, é pior que o romance Os Versos Satânicos, de Salman Rushdie, e que as charges de Maomé publicadas em um jornal dinamarqueses em 2005.

Ambos os casos também desencadearam ondas de revoltas contra o Ocidente.

O líder libanês evita aparições públicas desde o confronto com Israel, em 2006.

Apesar disso, a manifestação no Líbano ocorreu pacificamente, ao contrário de outras que também foram registradas ontem no mundo árabe e em outros países de maioria muçulmana.

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