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Jornalistas assistem a uma tela que mostra o presidente da China, Xi Jinping, discursando durante a abertura da Conferência Anual de 2021 do Fórum Boao para a Ásia (BFA) em Boao, província de Hainan no sul da China, em 20 de abril de 2021. Imagem ilustrativa.
Jornalistas assistem a uma tela que mostra o presidente da China, Xi Jinping, discursando durante a abertura da Conferência Anual de 2021 do Fórum Boao para a Ásia (BFA) em Boao, província de Hainan no sul da China, em 20 de abril de 2021. Imagem ilustrativa.| Foto: STR / AFP

Um ex-vice-diretor do Fundo Monetário Internacional advertiu recentemente que a China enfrentaria enormes problemas estruturais em sua economia, à medida que Pequim recuasse nas práticas de seu antigo manual de tentar fazer sua economia crescer.

Não temos como discordar dessa avaliação honesta e oportuna do ex-economista sênior do FMI, Zhu Min. “Em 2021, a reforma estrutural é a coisa mais importante para a China”, enfatizou Zhu. “Se continuarmos no caminho de 2020, corremos o risco de voltar ao modelo antigo, que é o que não queremos ver.”

O FMI há muito tempo argumenta que a extraordinária "dependência da China de investimentos em infraestrutura e em bens" resultou em uma economia desequilibrada.

Na verdade, a China há muito tempo defende a reforma de sua economia, especialmente suas inchadas e ineficientes empresas estatais ou apoiadas pelo Estado, mas, na prática, as reformas raramente deram certo.

Nos últimos anos, a reforma pró-mercado desacelerou e até mesmo descarrilou em alguns setores.

Em 2013, o terceiro plenário do Partido Comunista Chinês delineou como o Estado supostamente reduziria o controle das empresas estatais comerciais, mas, ao mesmo tempo, pressionou as indústrias-chave que mais contribuem para o desenvolvimento econômico e a segurança nacional da China a se concentrarem nas chamadas áreas centrais de seus negócios - em outras palavras, as prioridades do Partido Comunista Chinês.

Assim como no passado, as empresas só podem operar na China se o partido aprovar, e apenas para promover os objetivos do partido.

Como o Índice de Liberdade Econômica anual recentemente lançado pela The Heritage Foundation - que mede a governança econômica em áreas-chave relacionadas ao crescimento econômico e à prosperidade - destacou mais uma vez, a China continua sendo uma economia "na sua maior parte sem liberdade".

A liberdade econômica que existe na segunda maior economia do mundo é severamente deficiente em profundidade e amplitude em todo o país. A liberdade econômica da China quase não cresceu nos últimos 27 anos.

Pior ainda, várias políticas que os líderes da China vêm adotando há mais de uma década agora estão agravando os próprios problemas que pretendem resolver. Mais do que nunca, o Partido Comunista Chinês está empenhado em capitalizar um maior controle político, mesmo à custa de um desenvolvimento econômico de longo prazo.

Para o partido, a estabilidade política é mais importante do que a economia, e o desenvolvimento econômico é controlado para se adequar à agenda política do partido.

Na verdade, esse controle cada vez maior - que sufoca o vigor intelectual, social, cultural e econômico do povo chinês - está no centro de todas as questões com as quais a nova administração de Washington deve lidar ao traçar seu curso em relação ao regime comunista.

Para ser mais eficaz, no entanto, Washington deve levar em consideração um maior entendimento da economia chinesa, bem como expor sua grave falta de transparência e responsabilidade.

À medida que a China continua sua ascensão, as ações do Partido Comunista têm implicações em todo o mundo, e a necessidade de transparência é mais importante do que nunca.

Na verdade, é por isso que, em 2020, a The Heritage Foundation lançou o Projeto de Transparência da China para facilitar uma campanha global para expor sistematicamente o comportamento do partido.

As discussões em andamento entre legisladores dos EUA e outros parceiros com ideias semelhantes em todo o mundo precisam se concentrar nos desafios que virão caso a China tenha sucesso em aumentar seu poder e influência política e econômica.

Mas, da mesma forma, como Zhu observou, também há a chance de que a China falhe, e isso também apresenta riscos multifacetados que os Estados Unidos e o mundo devem estar prontos para enfrentar.

Anthony B. Kim pesquisa questões econômicas internacionais na The Heritage Foundation, com um forte enfoque na liberdade econômica.

© 2021 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.
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