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As principais potências mundiais discutem na quarta-feira as sanções que podem ser impostas ao Irã devido à recusa do país em suspender seu programa de enriquecimento de urânio, disse o Departamento de Estado americano na terça-feira, mesmo dia em que o líder supremo do Irã assegurou que o programa nuclear não será interrompido.

Representantes dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, França, Grã-Bretanha, Rússia e China - mais a Alemanha vão debater a questão por videoconferência, segundo o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack.

Os embaixadores desses países na Organização das Nações Unidas (ONU) devem assumir a questão depois da reunião de quarta-feira, segundo ele.

McCormack previu que as negociações sobre as sanções ao Irã devam começar até o final da semana, mas que o Conselho deve agir mais rapidamente no caso da Coréia do Norte, que anunciou um teste de armas nucleares.

Ministros e outras autoridades das seis potências decidiram na sexta-feira em Londres discutir possíveis sanções da ONU para punir o Irã por não ter cumprido a exigência de suspender o programa de enriquecimento até 31 de agosto.

O Irã diz que essa atividade, que gera combustível nuclear, está voltada exclusivamente à produção de energia, e não a armas.

Os Estados Unidos, com apoio da Grã-Bretanha, defendem sanções, ao contrário de Rússia e China, que preferem o diálogo ao invés das punições.

Já o aiatolá Ali Khamenei disse que o país vai buscar seu direito de desenvolver a tecnologia nuclear, sugerindo que não vai ceder à pressão ocidental para suspender o programa de enriquecimento de urânio.

- Nossa política é clara: progredir com uma lógica clara e insistir no direito da nação sem qualquer recuo - disse ele, segundo a TV estatal.

O Irã negou na semana passada relatos de que estaria disposto a suspender durante 90 dias o programa de combustível nuclear para permitir negociações diretas com as principais potências mundiais.

No passado, o Irã já suspendeu o enriquecimento durante negociações com a União Européia, que foram abandonadas no ano passado.

- Há dois anos, quando começamos a suspender o enriquecimento, se não tivéssemos experimentado esse caminho teríamos nos culpado por não testá-lo - disse Khamenei ao primeiro escalão do governo, inclusive ao presidente Mahmoud Ahmadinejad.

- Mas hoje, vamos adiante com coragem, porque ninguém pode dar uma razão aceitável pela qual o caminho nuclear iraniano esteja errado, pois já experimentamos o outro caminho.

- O Irã sempre tirou vantagem de qualquer possibilidade de negociar e cooperar no campo da energia nuclear, e vai manter essa política - disse Ahmadinejad na mesma reunião, segundo a TV.

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