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armamento nuclear

Potências mundiais devem pressionar Irã sobre questão nuclear

As chances de progresso real numa reunião nesta semana em Istambul, no entanto, parecem pequenas

As grandes potências acreditam que as sanções e os revezes impostos ao programa nuclear do Irã tenham fortalecido a posição do Ocidente antes das conversações com o governo iraniano. As chances de progresso real numa reunião nesta semana em Istambul, no entanto, parecem pequenas.

As medidas punitivas mais duras tomadas ao longo do ano passado e uma possível sabotagem destinada a desacelerar o programa nuclear do Irã podem ajudar a ganhar mais tempo para a diplomacia e reduzir o risco de que o impasse evolua para um conflito militar, ao menos por ora.

Numa indicação da determinação para manter a pressão elevada, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, disse à rede de televisão ABC que o governo Obama poderá propor novas sanções unilaterais contra o Irã, um dos principais exportadores mundiais de petróleo.

Também na quarta-feira, a Suíça anunciou que reforçaria suas sanções com medidas destinadas a evitar que o país seja usado pelo governo iraniano para obter bens que não poderia comprar em outro local.

Mas os líderes linha-dura da República Islâmica, que usam a disputa nuclear para angariar o apoio nacionalista internamente e tirar o foco dos problemas econômicos do país, não mostram sinais de que essas medidas os farão mudar.

"Não recuaremos nem um milímetro de nossos direitos nucleares ... mas estamos prontos para a cooperação com base na justiça e no respeito", disse o presidente Mahmoud Ahmadinejad num discurso.

Mesmo que o Irã esteja enfrentando dificuldades técnicas, os diplomatas e especialistas salientam que o país ainda está acumulando urânio enriquecido, material que pode ser usado na produção de bombas, caso seja refinado a um grau ainda maior, e se recusa a interromper essa atividade.

Assim, as expectativas são baixas nos dias que antecedem a segunda rodada de negociações entre o Irã e as seis potências mundiais na cidade turca de Istambul em 21 e 22 de janeiro.

As potências que dialogarão com o Irã por meio da chefe de política externa da União Europeia, Catherine Ashton, são Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia, China e Alemanha.

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