Tegucigalpa - O subsecretário de Estado norte-americano para o Hemisfério Ocidental, Thomas Shannon, disse ontem, em Tegucigalpa, que "está acabando" o tempo para um acordo que ponha fim à crise que Honduras vive desde o golpe de Estado que, em junho passado, tirou Manuel Zelaya da Presidência. "Só temos um mês antes das eleições de 29 de novembro. Então, do ponto de vista dos Estados Unidos e da comunidade internacional, nós precisamos de um acordo o mais rápido possível", disse.
Shannon lidera a missão norte-americana que, desde quarta-feira, negocia, em Honduras, o fim da crise. Ontem, ele anunciou que o retorno do grupo aos Estados Unidos foi adiado de ontem para hoje no intuito de acompanhar mais um diálogo entre representantes de Zelaya e do presidente interino, Roberto Micheletti.
Sobre as conversas reiniciadas entre as comissões de Zelaya e de Micheletti, assegurou ter "muita esperança" de que resultarão em uma solução ao conflito e considera que os termos são aceitáveis para ambas as partes. "A solução está sobre a mesa. O acordo está feito. (...) Não é questão de redação, não é questão de propostas, é questão de vontade política", disse.
No entanto, o diplomata assegurou que nem os Estados Unidos nem a comunidade internacional "estão tentando impor nada" a Honduras, já que isso "fracassou" anteriormente.
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