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Bandidos supostamente ligados ao narcotráfico sequestraram o prefeito de uma cidade turística perto de Monterrey, no norte do México, em mais um episódio que tende a afastar turistas e investidores.

Com armas automáticas, o grupo invadiu, no último domingo, a casa de Edelmiro Cavazos, prefeito da localidade colonial de Santiago, segundo autoridades.

"Ele foi levado embora da casa por homens armados. Não foi agredido, não foi algemado nem amarrado", disse Alejandro Garza, procurador-geral do Estado de Nuevo León.

O governador Rodrigo Medina disse que Cavazos provavelmente foi alvo de uma represália por seus esforços contra a corrupção na polícia local. A família dele não recebeu pedido de resgate.

O norte do México é cenário de uma disputa entre quadrilhas de traficantes, e destas contra as forças de segurança. Há três anos e meio, o governo mobilizou militares para enfrentarem o narcotráfico, e, desde então, 28 mil pessoas já morreram.

"O que está acontecendo na realidade é que estamos impondo a ordem onde antes não havia. Então, se vocês virem poeira, é porque estamos limpando a casa", escreveu o presidente Felipe Calderón em artigo publicado na segunda-feira no jornal francês Le Monde.

Mas os traficantes não dão sinais de estarem recuando. No fim de semana, eles montaram mais de 40 bloqueios em ruas de Monterrey, impedindo a passagem de caminhões, carros e até de uma ambulância, na tentativa de atrapalhar operações antidrogas do Exército.

Bandidos também atiraram granadas nas sucursais da Televisa, principal rede mexicana de TV, em Monterrey e no Estado de Tamaulipas. Não houve feridos graves.

Desde o começo do ano, Monterrey e cidades vizinhas, como Santiago, estão mergulhadas na sangrenta disputa entre o "cartel do Golfo" e uma dissidência chamada Zetas.Monterrey é a cidade mais rica do México e sede de algumas grandes empresas, como a multinacional de cimento Cemex. Muitas empresas já questionam se é seguro investir na cidade.

A maioria dos mexicanos continua apoiando Calderón, mas ele tem sido criticado pela incapacidade de o governo combater a corrupção policial e reformar o Judiciário.

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