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O primeiro-ministro da Letônia, aprovado pelo Parlamento do país báltico como premiê após um voto simbólico de confiança, alertou hoje os legisladores de que mais escolhas difíceis estão pela frente, enquanto a Letônia lida com uma nova rodada de aumento de impostos e cortes no orçamento necessários para reduzir o déficit. O premiê Valdis Dombrovskis disse que o pior já passou no campo econômico para a Letônia, cujo mergulho da economia foi descrito pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) como um dos mais abruptos da crise econômica mundial.

"Os primeiros resultados obtidos após a crise dão motivos para o otimismo, mas este crescimento é muito frágil e mesmo pequenas oscilações podem resultar em graves consequências", disse Dombrovskis. No mês passado, a centrista aliança partidária Unidade, de Dombrovskis, venceu as eleições parlamentares, apesar das medidas impopulares que adotou durante os últimos 18 meses, quando o governo tomou medidas drásticas.

As eleições também acalmaram os mercados internacionais de bônus do governo, que durante os últimos dois anos especularam que a Letônia poderia ser forçada a desvalorizar sua moeda para reconquistar competitividade perdida - uma medida que, se tivesse sido adotada, poderia ter espalhado movimentos similares no câmbio dos outros países do Báltico e do Leste Europeu.

Impostos

A prioridade do governo agora é aprovar o orçamento de 2011, que exigirá drásticos cortes nos gastos e novos impostos para reduzir o déficit a 6% do Produto Interno Bruto (PIB), que está em aproximadamente 8% em 2010. Até 2012, o déficit precisa cair para 3% do PIB, disse Dombrovskis.

Ainda não está claro como o governo letão obterá esses resultados com os meios de que dispõe atualmente, mas um aumento de impostos parece inevitável. A redução do déficit é exigida por organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia (UE), que em dezembro de 2008 aprovaram um empréstimo de socorro de € 7,5 bilhões à Letônia.

Desde 2007, quando acabou um período de quatro anos de expansões anuais de dois dígitos no PIB, a Letônia enfrenta uma forte crise e 25% do valor da sua economia desapareceu. Só em 2009, a economia da Letônia encolheu 18%, uma retração que o FMI descreveu como a pior do mundo no ano passado.

No total, 63 parlamentares votaram a favor do novo governo, enquanto 35 votaram contra e 2 se abstiveram, no Parlamento de 100 cadeiras. As informações são da Associated Press.

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