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O governo da Romênia passou a enfrentar hoje uma crise política de grandes proporções, após o primeiro-ministro Emil Boc ter demitido cinco ministros do gabinete, e com o ministro da Economia, Adriean Videanu, que não estava entre os demitidos, ter dito que deixará o cargo em breve.

A Romênia está em recessão e o governo cortou os salários dos funcionários públicos em 25% e aumentou o imposto sobre as vendas de mercadorias e serviços de 19% para 24% em 1º de julho, para reduzir o déficit do orçamento. As medidas foram rejeitadas pelos romenos, mas requeridas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

As medidas foram tomadas para atender às condições de um empréstimo de 20 bilhões de euros do FMI, da União Europeia (UE) e do Banco Mundial, para resgatar o país atingido por sérias dificuldades financeiras. O Produto Interno Bruto (PIB) romeno teve uma queda de 7,1% no ano passado. Uma parte do empréstimo, já liberada, foi usada para pagar pensões e salários.

Boc demitiu hoje os ministros de Finanças, Trabalho, Agricultura Transportes e Comunicações. O ministro da Economia disse a Boc que deseja deixar o governo e voltar à vida partidária.

O ministro de Finanças, Sebastian Vladescu, criticou a demissão ao dizer que ela teve motivações políticas. Vladescu desempenhou um papel importante nas negociações da Romênia com o FMI. Em junho, ele foi criticado por Boc, quando afirmou que a Romênia deveria abandonar o sistema de cobrar um importo de renda fixo sobre as pessoas físicas e adotar um imposto progressivo, que taxa de maneira mais alta os mais ricos.

Renúncia

Vários integrantes do governista Partido Liberal-Democrático pediram a Boc que renuncie. A popularidade do governo caiu nos últimos meses por causa dos cortes de gastos, mas também por uma crescente insatisfação com o presidente Traian Basescu, que é visto como uma figura que exerce um papel maior do que deveria nos assuntos de governo, agindo nos bastidores.

O maior partido da oposição, o Social-Democrata, disse que apresentará um voto de confiança no Parlamento, mas não está claro se terá força para tal, uma vez que o partido de Boc tem amplo apoio da minoria húngara da Romênia.

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