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O primeiro-ministro da França, François Fillon, admitiu hoje que o presidente do Egito, Hosni Mubarak, emprestou a ele e à sua família um avião durante o período das festas de fim de ano, passadas no país africano.

A revelação é feita em um momento em que a oposição pede a renúncia da ministra de Relações Exteriores francesa, Michele Alliot-Marie, que no ano novo viajou em um avião de um empresário supostamente ligado a parentes do deposto ditador da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali. A França é acusada de demorar para reagir ao levante tunisiano e de tolerar o regime autoritário de Ben Ali.

O escritório de Fillon emitiu rapidamente um comunicado sobre o empréstimo do avião depois de o jornal semanal satírico Le Canard Enchaîné divulgar a história de sua viagem ao Egito, onde os protestos pela renúncia de Mubarak já deixaram pelo menos 300 mortos.

O comunicado diz que o primeiro-ministro "a convite das autoridades egípcias" havia "usado o avião do governo egípcio para voar de Aswan para Abu Simbel" (ambas cidades no Egito). O documento também informa que Fillon encontrou-se com Mubarak em Aswan, no sul do país, no dia 30 de dezembro. "Ele (Fillon) também fez uma viagem de navio pelo rio Nilo nas mesmas condições", o que significa também às custas das autoridades egípcias, diz o comunicado.

Fillon e sua família foram "hospedados pelas autoridades egípcias" durante sua viagem ao Egito, onde ficaram de 26 de dezembro a 2 de janeiro". O documento lembra que o primeiro-ministro tornou a informação pública "pelo bem da transparência".

Na semana passada, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, se somou às vozes que pedem uma transição política imediata no Egito, na medida em que aumenta a pressão para a saída de Mubarak. As informações são da Dow Jones.

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