O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, disse ontem que não pode aceitar o convite do ex-premiê Silvio Berlusconi para liderar a coalizão de centro-direita formada por seu partido, o Povo da Liberdade, na próxima eleição para o Parlamento, em março.
Monti, que pediu demissão no sábado, não esclareceu, no entanto, as dúvidas sobre se vai concorrer ou não ao Parlamento italiano por outro partido. Ele, que governou o país por 13 meses, foi apontado como um dos responsáveis por diminuir o efeito da crise financeira italiana.
Em entrevista coletiva, Monti disse que a mudança repentina de pensamento de Berlusconi foi a principal causa de sua decisão. No início do mês, o ex-premiê criticou duramente o governo atual por impor as medidas de austeridade no país.
Dias depois, Berlusconi mudou de ideia e passou a exaltar a administração de Monti, afirmando que era um governo responsável por retirar o país da crise e fez a proposta da coalizão ao atual premiê. A alteração aconteceu após o mercado financeiro reagir mal a sua indicação como líder do partido na eleição.
Questionado sobre uma possível postulação ao Parlamento, ele disse que aceitaria desde que viesse de um partido "com credibilidade". Para o chefe de governo, a atual coalizão de centro-direita "não é mais adequada para solucionar os problemas da Itália".
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