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O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, criticou a repressão desfechada pelas tropas sírias como uma "selvageria" e sugeriu que a violência poderá levar a Turquia a apoiar resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o regime sírio. As fortes declarações do premiê turco significam uma mudança na postura turca sobre a questão síria. Até agora, Erdogan aconselhava o presidente sírio Bashar Assad a realizar amplas reformas e evitava críticas diretas ao regime de Damasco.

Enquanto isso, tropas sírias apoiadas por tanques cercaram a cidade deserta de Jisr al-Shughour, perto da fronteira turca, onde preparam um assalto contra insurgentes locais e soldados amotinados. Milhares de sírios fugiram e cruzaram a fronteira, se abrigando em campos de refugiados na província turca de Hatay.

Erdogan disse que as imagens da Síria exibidas na televisão eram "intragáveis". Ele acusou o irmão mais novo do presidente Assad, Maher, que comanda a temida 4ª divisão do exército sírio, de ter um comportamento "desumano". "Eu já disse isso claramente e de maneira aberta: de um ponto de vista humanitário, o irmão dele (Maher) não age de uma maneira humana. Ele age além da selvageria", disse Erdogan, em declarações postadas na internet.

"Por causa disso, esses fatos colocaram o Conselho de Segurança (da ONU) em operação. Face a isso, nós, a Turquia, não podemos continuar falando a favor da Síria", afirmou Erdogan. Quatro países europeus apresentaram nesta semana uma proposta de resolução ao Conselho de Segurança da ONU, a qual condena a Síria pela repressão. As informações são da Associated Press.

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