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Nova Iorque – Os preços do petróleo nos Estados Unidos passaram ontem de 70 dólares por barril pela primeira vez desde que os contratos foram lançados pela Nymex, em 1983. Os contratos com vencimento em maio terminaram o pregão em alta de 1,08 dólar, cotados a 70,40 dólares por barril, após avançar na máxima do dia para 70,45 dólares por barril. Em Londres, o petróleo bruto para entrega em junho avançou 0,89 dólar, para 71,46 dólares, depois de bater um novo recorde de alta aos 71,62 dólares.

As ambições nucleares do Irã, quarto maior produtor de petróleo, elevaram os temores de que os EUA possam promover uma ação militar contra a nação produtora da commodity. "O discurso contínuo contra o Irã ao longo do final de semana ajudou a incentivar uma nova alta", disse John Kilduff, vice-presidente sênior do grupo de gestão de risco Fimat, em Nova Iorque.

Apesar de ser a mais alta para um fechamento, a cotação em Nova Iorque ficou um pouco abaixo da maior já registrada durante os negócios – de 70,85 dólares, em agosto do ano passado, quando o furacão Katrina destruiu boa parte da infra-estrutura petroleira da costa norte-americana do Golfo do México.

Outra preocupação é a interrupção da produção de mais de 500 mil barris por dia na Nigéria, provocada por ataques de militantes. A Royal Dutch Shell informou ontem que ainda espera acessar seu campo na plataforma marítima, embora aguardasse que o acesso tivesse ocorrido na semana passada. O desfalque nigeriano não poderá ser compensado pelo maior exportador mundial, a Arábia Saudita, porque sua capacidade de produção adicional corresponde a um petróleo sulfuroso e pesado que é mais difícil de processar.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) informou que não há nada a fazer para aliviar os mercados de petróleo. "Com relação à produção, não há mais nada que possamos fazer. Já estamos produzindo a plena capacidade", disse o ministro do Petróleo do Catar, Abdullah al-Attiyah.

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