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Bruxelas – Do lado de fora das fronteiras, a principal preocupação da União Européia em matéria de segurança é com os conflitos nos Bálcãs, algo que se explica pela proximidade do problema e pela dimensão das batalhas étnicas que deixaram milhares de mortos, especialmente em Kosovo e na Bósnia. Embates semelhantes na Moldávia e na Ucrânia também têm concentrado a atenção de Bruxelas.

Fora do continente, o maior compromisso da UE é com o estabelecimento da paz entre israelenses e palestinos. O bloco integra o quarteto que faz a mediação do conflito, composto também por Estados Unidos, Rússia e Nações Unidas (ONU). Os refugiados do Sudão e da República Democrática do Congo também estão na agenda do conselho da UE que trata da Política Externa de Segurança Comum.

A lacuna constitucional não parece ser impedimento para a ação. "Enquanto não temos o documento formal, precisamos legitimar nosso trabalho com ações", diz a porta-voz do comitê, Cristina Gallach. Ela acha que a Carta precisa de tempo para ser aprovada, e que isso deve ocorrer "após um novo ciclo político que começa com eleições nos países que não aprovaram o texto (França e Holanda)".

Cristina diz que a UE apóia "entusiasticamente" a reforma do Conselho de Seguranca da ONU por acreditar no caráter pacifista e humanitário da instituição. Os funcionários de Bruxelas concordam com uma distribuição mais global das cadeiras permanentes, que ainda não contemplam regiões populosas, como a África e a América Latina, mas se recusam a apoiar oficialmente este ou aquele país candidato. (SG)

Luta em fases

Pré-atentados – Antes dos ataques terroristas a Nova Iorque e Washington de 2001, não havia propriamente uma política de combate ao problema comum na União Européia. Cada país lutava contra o terrorismo a seu modo. O tema era mais discutido em países que tinham problemas internos como Espanha (que enfrenta a ação do ETA) e Reino Unido (IRA).

Pós-11 de Setembro – Os atentados contra os Estados Unidos levaram a União Européia a elaborar um plano de ação, que reforçou o sistema de cooperação interna para captura e neutralização de células terroristas. Também se criou um banco de dados comum e o Eurojustos, sistema de cooperação entre os magistrados da União Européia. O plano perdeu força ao longo dos meses.

Pós-11 de Março – Depois dos atentados de 11 de março de 2004 contra Madri, na Espanha, movidos pelos apelos de 15 milhões de europeus que saíram às ruas para pedir proteção, os burocratas europeus decidiram tirar do papel medidas que haviam sido acordadas, mas não implementadas.

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